Surto de virose leva milhares de pessoas a postos de saúde no litoral de SP


As autoridades de saúde das cidades atingidas investigam as causas do surto e afirmam que o cenário é comum nessa época do ano com aglomeração de pessoas e altas temperaturas. Os casos de virose dispararam na Baixada Santista nos últimos dias.
Unidades de saúde sobrecarregadas. Em uma em Guarujá, o tempo de espera passou de quatro horas.
“Eu peguei um senha e faltam vinte e poucas senhas para eu passar na recepção, para depois passar na triagem e para depois passar no médico. Então, sem condições de ficar aqui”, conta Jaqueline Santiago, autônoma.
Muitos com sintomas parecidos:
“Eu estou sentindo dor na cabeça, forte, dos nas juntas, dor nas costas”, diz o mecânico naval Jonatas dos Santos.
Foram mais de 2 mil atendimentos a pessoas com virose só em dezembro de 2024. Um casal de São Paulo antecipou a volta para casa, que seria só no dia 11 de janeiro.
“Chegamos no dia 28. Dia 30, o tempo não estava muito legal. Mas, no dia 31, nós fomos à praia. No dia 31 mesmo, nós começamos a passar mal”, conta a fonoaudióloga Ruth Magalhães.
Surto de virose leva milhares de pessoas a postos de saúde no litoral de SP
Jornal Nacional/ Reprodução
Em Santos, as unidades de urgência e emergência atenderam 273 pessoas com virose nos primeiros dias de 2025. Em dezembro de 2024, foram mais de 2,2 mil casos.
Praia Grande está lotada. Recebe cerca de 2 milhões de pessoas durante as festas de fim de ano, e o surto de virose sobrecarregou o atendimento. No pronto socorro central, em alguns casos, o tempo de espera chegou a quatro horas. É o caso da terapeuta Jussara Nunes, que conseguiu pegar receita e ainda tenta se recuperar.
“Estou tomando um remedinho para a flora, um para enjoo e para as dores no corpo. E estou tomando isotônico também, fazendo aferição da pressão, tomando bastante água com soro feito em casa”, conta.
A Secretaria de Saúde Pública de Praia Grande afirmou ter reforçado as equipes para esse período do ano.
Em muitas farmácias, faltam medicamentos. Uma rede afirmou que está se esforçando para reabastecer as unidades. As autoridades de saúde das cidades atingidas investigam as causas do surto e afirmam que o cenário é comum nessa época do ano com aglomeração de pessoas e altas temperaturas.
A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo recomendou que os banhistas verifiquem a qualidade da água da praia e que não tomem banho de mar caso seja classificada como imprópria. A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo lembrou da necessidade de cuidados preventivos para evitar doenças transmitidas por água e alimentos.
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