Vídeo mostra brilho azul no mar de Balneário Camboriú com proliferação de algas


Trata-se do fenômeno da bioluminescência. Durante o dia, água fica com cor alaranjada. Fenômeno da bioluminescência em algas é registrado em Balneário Camboriú
Algas coloriram o mar de Balneário Camboriú, no Litoral Norte de Santa Catarina, com o fenômeno da bioluminescência. À noite, elas deixam um brilho azul na água.
O fenômeno é ativado quando há movimento na superfície do mar, um estímulo mecânico. No vídeo, é possível ver o brilho quando se joga uma rede ou move-se um objeto na água.
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A filmagem foi feita na Praia de Laranjeiras. O professor de oceanografia da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Márcio Tamanaha explicou que as algas em questão são da espécie Noctiluca scintillans.
Algas deixam mar com brilho azul em Balneário Camboriú
Reprodução/Ana Paula Stein Santos
Durante o dia, elas deixam uma coloração alaranjada no mar, o que caracteriza a maré vermelha, quando há a proliferação dessas algas. Em Santa Catarina, a situação foi vista em Balneário Camboriú e Florianópolis.
O professor Tamanaha informou que amostras da água alaranjada foram colhidas para análises e monitoramento.
As microalgas encontradas não são reconhecidas por causarem problemas aos humanos em contato primário com a água, como banho por exemplo. A atenção está apenas para o consumo de moluscos cultivados nessas regiões (veja as orientações mais abaixo).
Grande escala
Segundo o oceanógrafo do IMA Carlos Eduardo Tibiriçá, a maré vermelha está ocorrendo praticamente em todo o litoral catarinense, desde o Rio Grande do Sul. “Evento de grande escala similar ao ocorrido no ano de 2016”, destacou.
Há previsão, conforme o especialista, que o evento, que pode durar mais algumas semanas, chegue também ao Paraná e a São Paulo.
Balneário Camboriú registra ‘Maré Vermelha’
As manchas avistadas são florações de dinoflagelados, popularmente, conhecidas como “Marés Vermelhas”. O especialista explicou que a multiplicação das algas ocorre por uma combinação de fatores meteorológicos e oceanográficos.
“Tivemos um outono muito chuvoso, condição que pode provocar esse tipo de evento, cuja duração pode perdurar por semanas ou até poucos meses”, disse.
Cuidados
A atenção dos moradores deve se voltar para o consumo de moluscos, como ostras e mexilhões, cultivados na região.
‘Maré Vermelha’ em praia de Balneário Camboriú
Redes sociais/ Reprodução
“É importante a partir de agora que a gente monitore, fique atento, e que a população basicamente se preocupe com a questão da alimentação com frutos do mar, especialmente moluscos bivalves. Esses moluscos podem acumular toxinas produzidas por esse micro-organismos”, adverte.
A lista com moluscos afetados pela toxina pode ser encontrada no site da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
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