Israel reforça tropas após ser acusado pelo Hamas de violar cessar-fogo em Gaza

As Forças de Defesa de Israel anunciaram que vão reforçar as tropas após o Hamas anunciar que vai atrasar a libertação de novos reféns, nesta segunda-feira (10). O grupo terrorista acusou os israelenses de violarem o acordo de cessar-fogo, que está em vigor desde janeiro.
Mais cedo, o Hamas acusou Israel de ter dificultado a entrada de ajuda humanitária em Gaza, além de ter atrasado o retorno de deslocados para o norte do território e promovido bombardeios. O grupo exigiu que o governo israelense compense os termos violados.
Israel disse que o atraso na entrega de reféns é uma violação no acordo de cessar-fogo e colocou os militares em nível de prontidão para defender comunidades na região de fronteira.
Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel afirmaram que “foi determinada a mobilização significativa de forças adicionais para missões defensivas na região”. Folgas e licenças de soldados foram canceladas.
Segundo a agência Reuters, mediadores do acordo de cessar-fogo temem que o tratado possa ruir. Novas conversas para negociação das próximas fases do acordo foram adiadas.
Também contribuíram para o aumento na tensão entre Hamas e Israel as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que os palestinos devem ser retirados da Faixa de Gaza de forma permanente.
O acordo
Em janeiro, Israel e Hamas assinaram um cessar-fogo após mais de 14 meses de guerra. O conflito começou em outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, matando mais de 1,2 mil pessoas. Em resposta, Israel bombardeou a Faixa de Gaza, resultando em mais de 40 mil mortes.
O acordo construído prevê uma aplicação em três etapas. Atualmente, o cessar-fogo está na primeira fase, que prevê o fim dos ataques, a libertação de reféns mantidos pelo grupo terrorista e a retirada de tropas de Israel da Faixa de Gaza.
Na semana passada, as partes se reuniram para começar as negociações da segunda fase do acordo. Na próxima etapa, os demais reféns sob poder do Hamas seriam libertados, enquanto Israel libertaria mais prisioneiros palestinos.
Na terceira fase será negociada a reconstrução da Faixa de Gaza. A última etapa também deve definir quem será o responsável pelo governo do território palestino.
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