Quati agarra e disputa pacote de sanduíches com turista na Ilha do Campeche: ‘Roubou nosso almoço’


Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) de Florianópolis afirma que animal não é nativo da região e orienta evitar qualquer interação direta com eles. Quati disputa pacote de sanduíche com turista na Ilha do Campeche, em Florianópolis
Um quati foi flagrado tentando levar o almoço de turistas que pegavam sol na Ilha do Campeche, em Florianópolis. Um vídeo mostra o animal se aproximando sorrateiramente do grupo e agarrando o pacote de sanduíches que era segurado por uma das jovens. Os dois, então, entram em uma disputa para ficar com o alimento, que cai no chão (assista acima).
O vídeo foi publicado nas redes sociais de Mica Silva, e compartilhado por outras páginas. Em uma delas, havia sido visto por mais de 1,4 milhão de pessoas até a tarde de segunda-feira (10).
Segundo a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), espécie não é nativa da região, e a orientação é que qualquer interação direta com os quatis seja evitada (leia mais abaixo).
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“Começamos bem”, diz a legenda do vídeo de Mica, em espanhol.
Nas imagens, é possível ver que, após o embate, o animal consegue pegar e comer um presunto que recheava um dos sanduíches, enquanto fatias de pão caíam na areia.
Ao g1, Mica detalhou a cena.
“O quati roubou nosso almoço na Ilha do Campeche! Queríamos comer os sanduíches e, de repente, aconteceu o que aconteceu no vídeo”.
Quati disputou pacote de sanduíches com turista na Ilha do Campeche, em Florianópolis
Redes sociais/ Reprodução
Animal não é nativo
Segundo a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram), os quatis não são nativos da Ilha do Campeche (não ocorrem de forma natural), tendo sido introduzidos na região por volta da metade do século passado.
Dessa forma, conforme o órgão, um grupo de trabalho avalia a presença deles no local e estuda “medidas adequadas para o manejo da população”.
“Não é permitido alimentá-los, tocá-los ou interferir em seu comportamento natural, pois isso pode gerar impactos negativos tanto para os animais quanto para o equilíbrio ecológico da ilha”, informou em nota. A Floram também orienta que os banhistas evitem deixar embalagens abertas e comidas expostas.
De acordo com a Polícia Militar Ambiental (PMA), os quatis podem atacar pessoas quando se sentem ameaçados, “podendo transmitir raiva em alguns casos”. Por isso, também orienta que seja mantida distância dos animais silvestres.
Caso um quati seja visto em risco ou machucado, é necessário contatar a PMA pelo 190 ou aplicativo PMSC Cidadão.
Recomendação é não alimentar animais silvestres
Em janeiro de 2024, o vídeo de um quati furtando um pacote de batatas também havia viralizado. Na época, o biólogo Christian Raboch explicou ao g1 como esses animais ficam acostumados às pessoas.
“O quati, assim como os primatas, macaco-prego, sagui, são animais que, se as pessoas ficam dando alimento, esses animais começam a ser humanizados. Então, quando eles veem o ser humano, eles acham que o ser humano é fonte de alimento. E aí, chegam para pegar uma banana, chegam para pegar um salgadinho, uma pipoca”.
A partir do momento em que alimentos industrializados são ofertados, conforme o biólogo, eles podem passar a ter, inclusive, problemas de saúde. Inclusive, doenças podem passar de pessoas para os animais.
“Um exemplo bem danoso é, por exemplo, a herpes. Para o ser humano, pode dar uma feridinha na boca ou uma feridinha em outra parte do corpo. A herpes para o macaco-prego acaba dizimando, acaba matando. Então, às vezes a pessoa com herpes está comendo uma banana, dá uma mordida e depois oferece para o macaco”.
O quati tem nome científico Nasua nasua. Conforme o biólogo, ele anda geralmente em bandos e se alimenta de frutas e animais invertebrados.
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