Justiça condena grupo acusado de envolvimento em roubo no Banco do Brasil em Criciúma

O juízo da 1ª Vara Criminal da comarca de Criciúma, no Sul do estado, condenou 17 pessoas, sendo 13 homens e quatro mulheres, a penas que, somadas, passam dos 504 anos de prisão. O grupo é acusado de envolvimento no maior roubo já registrado em Santa Catarina. Em 2020, os suspeitos roubaram cerca de R$ 130 milhões do Banco do Brasil de Criciúma, numa ação que causou pânico em toda a cidade.

Os acusados respondem por organização criminosa e roubo, além dos crimes conexos de dano qualificado, incêndio e uso de documento falso em dois processos.

Os fatos ocorreram entre a noite de 30 de novembro e 1º de dezembro. Diversas pessoas fortemente armadas ocuparam a região central da cidade, onde fica a tesouraria regional do banco. Os criminosos agiram por cerca de duas horas.

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A ação contou com a participação de diversas pessoas, com locação de imóveis, uso de veículos blindados, descaracterizados e até roubados, armas de fogo de uso restrito e de elevado poder lesivo, explosivos e veículos incendiados para impedir a atuação dos policiais.

Durante a ação, um policial militar foi baleado e ficou gravemente ferido. Além disso, o prédio da corporação foi alvejado e atacado com utilização de automóveis incendiados, o que impossibilitou uma reação rápida e o trabalho dos policiais durante a madrugada.

O grupo criminoso utilizou vários funcionários públicos que realizavam a manutenção das ruas como reféns. Eles foram forçados a servir de “barreira humana”.

Para o magistrado sentenciante, o roubo foi detalhadamente planejado e preparado, o que abrange cooptação de agentes e elevado financiamento, além de uma organização estruturada e com divisão de tarefas para a prática de crimes, inclusive os conexos de dano qualificado, incêndio e uso de documento falso.

As penas

Um dos réus foi condenado a 50 anos e dois meses de reclusão, em regime fechado, e 10 meses de detenção. Outros quatro réus, a penas individuais que variam de 41 anos e 11 meses de reclusão e 11 meses de detenção a 43 anos e sete meses de reclusão e um ano de detenção.

Um grupo de seis acusados teve penas fixadas entre 36 anos e quatro meses de reclusão e 10 meses de detenção e 38 anos e quatro meses de reclusão e 10 meses de detenção. Outros seis foram condenados a nove anos de reclusão. A Justiça negou a 10 réus o direito de recorrer da sentença em liberdade. O processo tramita em segredo de justiça.

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