Cargueiros voltam a atracar em Manaus após quase 70 dias de seca severa


As duas embarcações trouxeram mais de dois mil contêineres de insumos e produtos que vão abastecer a indústria amazonense. Após quase 70 dias, cargueiros voltam a atracar em Manaus.
Divulgação
Após quase 70 dias sem receber navios cargueiros devido à severa seca que afetou Manaus, os navios Mercosul Suape (Mercosul) e Jacarandá (Log-In) chegaram ao Porto Chibatão na tarde desta terça-feira (26). Essas são as primeiras embarcações cargueiras a atracar na cidade após o período crítico de vazante deste ano.
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Neste ano, o nível do Rio Negro, que banha a cidade, chegou a 12,11 metros, o ponto mais baixo em mais de 120 anos de medições. A situação alterou o visual do Encontro das Águas e levou a prefeitura a fechar a Praia da Ponta Negra. Com a seca, surgiram bancos de areia na orla, afastando embarcações do ponto tradicional de atracação próximo à via pública.
Em todo o Amazonas, mais de 800 mil pessoas foram impactadas pela estiagem. A baixa do rio também afetou a logística do Polo Industrial de Manaus, onde empresas precisaram instalar um píer flutuante em Itacoatiara para facilitar o recebimento de insumos e o envio de mercadorias.
No entanto, só em novembro, o rio já subiu mais de dois metros. Nesta terça-feira (26), o nível das águas é de 14,26 metros.
Agora, mais de dois meses depois, a cidade volta a receber os cargueiros. As duas embarcações trouxeram mais de dois mil contêineres de insumos e produtos que vão abastecer a indústria amazonense.
Para a direção do porto privado que recebeu os navios, a medida reestabelece o fluxo econômico após meses de desafio.
“Essa retomada simboliza a resiliência e o compromisso de nosso grupo em garantir o abastecimento, mesmo diante de adversidades extremas. Agora, com as operações restabelecidas, estamos prontos para fortalecer ainda mais a economia local e regional, reafirmando a importância estratégica de nosso trabalho para a Zona Franca e comércio”, disse o diretor-executivo do grupo, Jhony Fidelis.
A expectativa do grupo, a partir de agora, é de uma recuperação robusta nos próximos meses, consolidando 2024 como um ano de superação.
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