Estudantes do interior de SP participam de simulação da ONU em Harvard; ‘muita expectativa’, diz adolescente


Jovens vão participar da atividade em janeiro de 2025, nos Estados Unidos. A simulação permite que eles representem países membros da ONU e discutam temas reais das reuniões da organização. Logo da ONU do lado de fora da sede em Nova York
Carlo Allegri/Reuters
Quatro alunos da primeira série do ensino médio de um colégio particular em Piracicaba (SP) foram aceitos para participar de uma simulação da Organização das Nações Unidas (ONU) na universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Os adolescentes viajam em janeiro de 2025 para o evento, que reúne estudantes de diversas partes do mundo.
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Chamada de “Modelo ONU” ou “Model United Nations” (MUN), em inglês, esse tipo de atividade permite que os alunos participem de debates e discussões que fazem parte das reuniões reais realizadas pela organização.
O grupo do Colégio Luiz de Queiroz (CLQ), chamado de “Club MUN”, conta com cerca de 30 estudantes. O convite surgiu depois que quatro membros decidiram se organizar para preencher formulários de inscrição para a simulação “Harvard Model United Nations”, realizada em Boston, Massachusetts.
O evento têm início em 30 de janeiro de 2025. Eles vão viajar acompanhados de uma professora do colégio.
A simulação 🌐
Harvard University
Divulgação
Tais Oetterer de Andrade faz parte da direção do colégio dos estudantes selecionados. Ela explica que esse tipo de atividade é importante porque leva os alunos a conhecer assuntos de relevância para a humanidade.
Também estimula os adolescentes a refletirem sobre seu papel social no mundo, além de ajudar no desenvolvimento de habilidades de comunicação, trabalho em equipe e liderança.
“Esse tipo de simulação é comum em escolas e universidades ao redor do mundo e tem como objetivo ensinar sobre diplomacia, relações internacionais, políticas globais e a estrutura da ONU”, explica Tais.
Club Mun, de Piracicaba, no Fórum da FAAP, que fez parte da preparação para a viagem até Harvard
Divulgação/CLQ Piracicaba
Grande experiência para os alunos 💡
Ana Luisa Lima Maciel é uma das alunas que vai participar da simulação. Para ela, as expectativas são altas em relação à viagem.
“Estamos muito animados pois vamos conhecer várias pessoas de lugares totalmente diferentes do mundo. Ir como um grupo pra essa viagem internacional nos dá uma sensação de independência muito grande, o que também gera muita expectativa”, conta.
Ela revela que nunca havia pensado que um dia iria até Harvard, mundialmente conhecida e renomada, mas que conseguiu se despir da ideia de que seria uma universidade apenas para gênios e que envolve apenas capacidades acima do que a maioria pode atingir.
Para ela, as simulações foram um grande marco na sua vida, não só acadêmica, mas também pessoal. As atividades a levaram a pensar além, desenvolver áreas do conhecimento e habilidades que ela não tinha antes. A chance de levar essa experiência além, cruzando o oceano até Harvard, deixa a adolescente ainda mais animada e sonhadora.
⁠”São as experiências de maior crescimento pessoal que eu já tive a oportunidade de passar. Mudou completamente minha visão de mundo, além de agregar demais na questão acadêmica. Tenho certeza que simular em Harvard vai me trazer não só importantes certificados no currículo, mas aprendizados imensuráveis”, compartilha a estudante.
Apoio dos pais 🧑‍👩‍🧒
Aluisio Antonio e Miriana Maria Maciel, pais de Ana Luisa, falam com orgulho sobre a conquista do grupo, destacando a importância de apoiar o futuro e os sonhos dos filhos.
“Eles precisam voar o mais alto possível em busca de seus sonhos. Isto é exatamente o que define a nossa missão como pais”, afirma Aluisio.
Sobre a aceitação do grupo na simulação de Havard, os pais também tecem elogios à dedicação da filha e dos demais companheiros.
“Havia uma expectativa, mas como era algo novo pra eles, não tínhamos certeza de que daria certo. Quando soubemos, ficamos muito felizes e orgulhosos, pois foi uma conquista que partiu da iniciativa deles”, relembra o pai.
Preparação 📝
Ao longo do ano, os alunos passaram por uma fase de preparação até se inscrever e, futuramente, participar do evento em Harvard.
Ana Luisa conta que foram cerca de sete simulações, presenciais e on-line, além de frequentes reuniões para discutir sobre as regras e plantões de dúvidas com os professores.
“As simulações, em nível nacional, nos trouxeram aprendizados muito significativos, tanto sobre o conteúdo do debate e questões globais de suma importância internacional, quanto a própria experiência de falar em público e desenvolver nosso lado de diplomacia e liderança. Sem contar todas as pessoas que conhecemos nesse processo, de tantos lugares diferentes”, lembra a estudante.
A escola também realiza esse tipo de simulação e preparação regularmente com seus alunos desde 2006, com atividades de reprodução de grandes negociações da história das relações internacionais, como os acordos humanitários da ONU. Os estudos fazem parte da programação do ensino médio do colégio.
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