É #FAKE que tuberculose seja transmitida por mosca; áudio falso alarmista circula em Belo Horizonte


Prefeitura de Belo Horizonte negou a existência desse tipo de transmissão da tuberculose, desse possível surto e que a pessoa que narra o vídeo seja funcionária da vigilância sanitária. É #FAKE que tipo de tuberculose transmitida por mosquito e pela pele circule em Belo Horizonte
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Viralizou nas redes sociais um áudio, de um suposto servidor da vigilância sanitária de Belo Horizonte, dizendo que circula na cidade “um novo tipo de tuberculose” transmitido pela pele por meio de um mosquito. É #FAKE.
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No áudio, o homem, que se identifica como ‘Rick’, diz ser biólogo e funcionário da Prefeitura, diz ter um alerta “muito grave” a respeito da circulação da doença. “Na UPA de Venda Nova e em alguns outros hospitais da região Norte de Belo Horizonte […] já estão passando por esse problema de forma muito mais grave, que é um tipo de tuberculose que ela é trazida pela mosca. […] A transmissão é feita através da pele, o mosquito, ele contamina com essa bactéria. É um tipo de tuberculose extremamente difícil de ser tratada, leva anos de tratamento. […] Um mosquito acometido dessa bactéria, pousa na pele da pessoa e não pica, não é através de picada. […] Ele simplesmente excreta secreções dele, como se fosse o xixi do mosquito […] e penetra pela pele. Se o mosquito estiver já acometido por essa bactéria, o contágio é certo. Tem duas UPAs que estão com algumas pessoas em estado gravíssimo, já acometido com esse tipo de tuberculose”, diz a mídia que circula nas redes sociais.
O Fato ou Fake procurou a Prefeitura de Belo Horizonte, que negou a existência desse tipo de transmissão da tuberculose, desse possível surto e que a pessoa que narra o vídeo seja funcionária da vigilância sanitária, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Saúde.
Em nota, a Saúde de Belo Horizonte esclareceu que não há registros de casos de tuberculose transmitidos por mosca, já que a doença é infecciosa e transmissível de pessoa para pessoa, por tosse, espirro ou fala.
A reportagem também procurou o médico infectologista e presidente da Sociedade Mineira de Infectologia, Estevão Urbano, que salientou a inexistência da transmissão da tuberculose por mosquito. Completou, ainda, que quando há casos da doença resistentes aos antibióticos comuns, são tratados com medicamentos já conhecidos da medicina, com alto índice de sucesso.
“A tuberculose é transmitida por via aérea na grande maioria das vezes. Raramente ela pode ser transmitida por via cutânea, mas em acidentes com materiais biológicos. Um patologista clínico, uma pessoa que faz exames de peças que estejam contaminadas em laboratório, pode se cortar e haver uma transferência. Mas isso só em pessoas que mexem com peças infectadas e, ainda assim, é muito raro”, explicou o infectologista Estevão Urbano.
Ainda segundo a Prefeitura de Belo Horizonte, a cidade registrou 583 casos novos de tuberculose ao longo de 2023. Em 2024, até o momento, foram 475 resultados positivos para a doença.
Fato ou Fake explica:
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