Artistas lamentam morte de Caçulinha, conhecido por ‘Domingão do Faustão’; veja homenagens


Artista estava internado no Hospital Sancta Maggiore, em São Paulo, onde se recuperava de um infarto. Caçulinha nasceu em São Paulo, em 1938, numa família musical
Reprodução/Acervo pessoal
Artistas usaram as redes sociais para homenagear músico e compositor Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, que morreu aos 86 anos na madrugada desta segunda-feira (5).
A atriz e autora Lúcia Veríssimo publicou um texto em homenagem ao músico. “O conheci através do meu pai, sempre foram ligados e respeitavam seus trabalhos mutuamente. Depois o encontrei na Globo e sempre foi de um carinho imenso comigo e com meu pai. Tenho diversas passagens com Caçulinha, sempre recheadas de imenso carinho”, escreveu.
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O cantor e apresentador Ronnie Von disse que sua amizade com Caçulinha “ficará sempre no coração”.
“O Brasil sempre vai lembrar de você. No final, essa é a tal da ‘missão cumprida’, quando deixamos o coração das pessoas mais aquecido mesmo depois de nossa partida.”
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Miguel Falabella, ator, escritor e apresentador
“Fechou-se o pano para este querido amigo, músico admirável e ser humano ímpar. Durante sete anos, semanalmente, tínhamos um encontro marcado no teatro Procópio Ferreira, onde aconteciam as gravações do Sai de Baixo. Algumas vezes, durante o programa, arrastávamos Caçulinha para o palco e ele morria de vergonha! Um homem gentil, educado, que nos olhava com grande carinho e admiração. Mas o melhor eram os intervalos de ensaio e as pausas para o café, quando nós rodeávamos o piano e ele tocava os clássicos da MPB, que nós íamos cantando e rememorando. Receba meu aplauso, querido amigo. Toque uma daquelas canções que nós fazíamos juntos para os anjos. Você certamente há de encontrar uma harmonia cósmica.”
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Gilliard, cantor
“Grande mestre e querido amigo, que Deus o receba no Reino do céu.”
Kell Smith, cantora
“Poxa vida, que perda.”
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Relembre trajetória do músico, que trabalhou com grandes ídolos da MPB
Morte
Caçulinha estava internado havia cerca de dez dias no Hospital Santa Maggiore, em São Paulo, onde se recuperava de um infarto.
Ele se tornou nacionalmente conhecido por suas participações no Domingão do Faustão, ao produzir a trilha sonora do programa ao vivo por mais de 20 anos.
De acordo com os familiares, o velório será na Capela do Cemitério São Paulo, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital paulista, das 11 às 15h. O sepultamento será às 16h no mesmo local.
Caçulinha morre aos 86 anos em SP
Origem musical
Caçulinha era um músico multi-instrumentista
Reprodução/Acervo pessoal
Natural de São Paulo, Caçulinha nasceu em 1938 numa família musical. O pai dele, Mariano de Silva, foi um grande compositor sertanejo que fez sucesso no interior de São Paulo, principalmente em Piracicaba.
Com o irmão, formou a primeira dupla sertaneja a gravar disco no Brasil. Aos 8 anos, já era uma criança prodígio que tocava acordeão e exibia uma habilidade rara: o ouvido absoluto.
Ele era capaz de identificar ou recriar qualquer nota musical mesmo sem ter um tom de referência. Familiares contam que ele reproduzia na sanfona qualquer música que o pai e o tio cantarolavam.
Aos 20 anos, Caçulinha já tocava piano, violão, acordeão e escaleta, além de se apresentar em boates na noite paulistana.
Nos anos dourados da música brasileira, acompanhou grandes artistas como Elis Regina, Jair Rodrigues, Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, João Gilberto, Simonal, Dominguinhos, Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Milton Nascimento.
Antes da longa parceria com Faustão, Caçulinha participou de outras programas de TV: Essa Noite se Improvisa, Raul Gil, Ratinho, Os Trapalhões, Balão Mágico, Clube do Bolinha, Almoço com a Estrelas, Perdidos na Noite, A Praça é Nossa, entre outros.
Ao longo da carreira, gravou 31 discos de vinil. O mais recente foi lançado em novembro de 2019, em comemoração aos 60 anos de carreira na música e na televisão brasileira.
Caçulinha
Reprodução/Acervo pessoal
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