Por que países pagam mais pelo mel mais claro?

O Brasil é o maior exportador do produto orgânico do mundo e a negociação é feita considerando a tonalidade. O alimento mais claro pode ter o preço até 10% maior do que o mais escuro. Globo Rural mostra a produção de mel orgânico do Piauí
O mel mais claro é o favorito dos americanos e dos europeus, maiores compradores do produto brasileiro. Com isso, a coloração se tornou a mais cara e pode ter o preço até 10% maior do que o das demais, aponta Wellington Dantas, gerente da Cooperativa Casa Apis, do Piauí, mostrada na reportagem do Globo Rural do último domingo (confira no vídeo acima).
Além da procura, o mel marmeleiro (o mais claro) é mais escasso no mercado.
Isso porque ele só pode ser obtido no início do ano, nas primeiras floradas. Conforme a safra avança, vão surgindo novas flores, gerando novas colorações de mel.
Com as novas fases, não é só a cor que muda, mas também o cheiro e o sabor.
O mel marmeleiro, por exemplo, é mais suave e perfumado. Já o mel feito a partir do pólen das flores jitirana e bamburral é mais espesso e tem o sabor mais forte e ácido.
O Brasil é o maior exportador de mel orgânico do mundo. O produto é enviado, principalmente, para Estados Unidos, Canadá, Alemanha e Reino Unido. De todo o mel vendido para o exterior — orgânico ou não —, pouco mais de um terço é produzido no Piauí.
Apesar da liderança, quando se trata do consumo interno, as estimativas ainda são baixas: cada brasileiro consome apenas 65 g de mel por ano, enquanto o consumo per capita do alemão é 3 kg e, do norte-americano é 1,5 kg.
“O brasileiro não possui o hábito de consumir mel. Ele vê o mel como medicamento, quando está resfriado, consome o mel. Além disso, é um produto caro. Ou seja, a gente depende completamente do mercado internacional”, afirma Dantas.
Veja no vídeo abaixo como produtores de mel no Piauí mantêm as abelhas vivas na seca:
Veja como produtores de mel no Piauí mantêm as abelhas vivas na seca
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