O uso excessivo do celular e a saúde mental


Você já se perguntou por quanto tempo você consegue ficar sem usar o celular?
Bater papo, fazer compras, jogar, ouvir música, assistir um filme, socializar, trabalhar – essas são algumas das inúmeras possibilidades que a Internet nos oferece. Desde as tarefas mais simples até as mais complexas, ou inimagináveis, estamos constantemente conectados com o mundo. Tudo na palma da mão. Literalmente.
Na era da tecnologia e das mídias sociais, a comodidade é tanta que, para muitos, desgrudar os olhos da tela se torna um desafio. E é aqui que mora o perigo: o uso do celular tornou-se tão comum que a maioria das pessoas parece desconhecer os limites entre o que é saudável e o que não é.
Embora a tecnologia tenha proporcionado inúmeras vantagens, ela também trouxe desafios consideráveis, especialmente para a saúde mental. Estudos indicam que o uso excessivo dos celulares está relacionado a uma série de problemas, como ansiedade, transtornos do sono, depressão e a diminuição da capacidade de concentração, tornando difícil manter o foco, o que acaba impactando negativamente os estudos ou o trabalho. As notificações constantes e a necessidade de responder rapidamente às mensagens só agravam a situação.
Nesse contexto, alguns comportamentos são indicativos de dependência digital, como irritação quando offline, incapacidade de reduzir o uso do celular, perda da noção do tempo e adiamento das tarefas, além do isolamento social. Este último é particularmente preocupante, pois muitos usuários encontram facilidade em expressar sentimentos online, mas enfrentam dificuldades em se relacionar no mundo real.
A sensação de prazer proporcionada pelo uso do celular leva a uma busca constante por essa experiência, criando um ciclo de ansiedade e alívio momentâneo.
Refugiar-se no espaço virtual como forma de escapar das dificuldades pessoais, do tédio ou de algum sofrimento pode aliviar temporariamente, mas não resolve os problemas. Esse comportamento pode esconder baixa autoestima ou até sintomas de depressão. No entanto, desconectar-se totalmente também não é a solução. É essencial identificar os fatores que levam ao uso excessivo do celular sem uma necessidade aparente.
Compartilhar momentos da nossa vida com amigos é algo que todos nós apreciamos. Contudo, é crucial que esse universo paralelo não prejudique ou substitua as relações interpessoais reais. As trocas presenciais são indispensáveis para nosso equilíbrio emocional e, consequentemente, para nossa saúde mental. A questão toda é o bom senso, o limite que se deve colocar no uso dos celulares.
O mundo fora dos celulares nem sempre corresponde às nossas expectativas, e aprender a lidar com as frustrações nos ajuda a desenvolver uma autoestima mais saudável. Créditos: Joselene Alvim- psicóloga
Adicionar aos favoritos o Link permanente.