
Vitor Soares do Nascimento, de 28 anos, deixou hospital após 14 dias internado. Ele se acidentou durante o trabalho. Carpinteiro que teve estaca cravada no crânio recebe alta
Rafael Nascimento/g1 Rio
Vitor Soares do Nascimento, que teve uma estaca de madeira cravada no crânio durante um acidente de trabalho, recebeu alta nesta quarta-feira (24). O carpinteiro de 28 anos deixou o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, após 14 dias internado. Ele estava acompanhado da mãe e do irmão.
“Eu estou muito feliz, muito alegre com o meu retorno para casa. Agradeço a Deus e aos médicos por ter mais uma chance. Eu estava abrindo a madeira, que quebrou e atingiu a minha cabeça. Não tive tempo nem de pensar. Eu desmaiei. Nasci de novo. Agora é comer a comida da mamãe, aproveitar a minha filha, vê-la um pouco”, disse.
A diarista Luciana Soares dos Santos, mãe de Vitor, disse que os últimos dias foram agoniantes, mas tinha certeza que tudo que se resolveria.
“Agora, vamos aproveitar a vida. Vamos fazer uma oração pela vida dele. Ele pediu para comer arroz, feijão e bife com batata frita. Vamos fazer essa janta para ele. Agora, é só agradecer a Deus pela vitória e o novo nascimento dele”, disse.
A Prefeitura de Duque de Caxias cedeu uma ambulância para levá-lo junto com a mãe pra Mangaratiba.
Imagem de exame de Vitor mostra a estaca de madeira na cabeça
Reprodução
Cirurgia durou 4 horas
Carpinteiro que teve estaca cravada no crânio considera própria vida um milagre e diz que teve medo de morrer
No dia do acidente, 10 de julho, ele passou por uma cirurgia que durou 4 horas para a retirada da estaca da cabeça e a drenagem de um hematoma cerebral. Pouco tempo depois, ele foi extubado e logo recobrou os sentidos, lembrando o nome e a idade.
O médico Thiago Resende, diretor do hospital, contou que a rapidez foi fundamental para a recuperação de Vitor.
“O Hospital Municipal de Mangaratiba entrou em contato com o Hospital Adão Pereira Nunes e, de forma imediata, foi autorizada a transferência do paciente. Após a autorização, eles entraram em contato com o Corpo de Bombeiros e, prontamente, o trouxe para cá em duas horas. O tempo foi primordial”, destacou o médico.
Resende destaca que o paciente não teve perda de mobilidade, de fala ou de memória. No processo de recuperação, ele ainda faz uma terapia com antibióticos e com uma fonoaudióloga, que acompanha a evolução da fala. Vitor ainda deve passar por mais uma cirurgia para a reconstrução da região afetada.
Vitor Soares do Nascimento teve a cabeça perfurada por uma estaca de madeira enquanto trabalhava
Reprodução/ TV Globo
Carpinteiro foi atingido por estaca de madeira em Mangaratiba, na Região Metropolitana do Rio
Reprodução/ TV Globo