Presos por morte de mãe e do filho de 4 anos tentaram matar outro agiota para não pagar dívida, diz polícia


Polícia disse que Ricardo Elias Santana, de 45 anos, e Iavelina Noemia de Oliveira, de 35, chegaram a cortar a garganta da vítima, mas ela sobreviveu. Crime aconteceu dias antes de assassinato de mãe e filho, na Serra. Ricardo Elias Santana, 45 anos, e Iavelina Noemia de Oliveira, de 35, mataram mãe e filho a marretadas na Serra, Espírito Santo
TV Gazeta
O casal preso pela morte de mãe e filho na Serra, Grande Vitória, também é investigado por uma tentativa de assassinato com requintes de crueldade no mesmo município. Priscila dos Santos Deambrósio, de 36 anos, e o pequeno Higor Gabriel, de apenas 4, foram mortos a marretadas no último dia 15 de julho, devido a uma dívida de R$ 10 mil.
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Ricardo Elias Santana, de 45 anos, teria planejado o assassinato com Iavelina Noemia de Oliveira, de 35 anos, que seria sua amante. Os dois pediram um empréstimo a Priscila, que, segundo a Polícia Civil, era agiota (emprestava dinheiro com juros).
Para não pagar o valor que deviam, os suspeitos resolveram matar a mulher. Já a criança foi morta porque ouviu os gritos de socorro da mãe e suplicou para que o homem não a matasse. O casal foi preso na sexta-feira (19) e confessou o crime.
Priscila dos Santos Deambrósio, de 34 anos, e HIgor Gabriel Deambrósio, de quatro anos, foram encontrados mortos na varanda de casa
Reprodução/TV Gazeta
De acordo com a polícia, a dupla ainda é investigada por um ataque que aconteceu seis dias antes da morte de Priscila e Higor. A vítima também seria um agiota, de 66 anos, conforme explicou o delegado Rodrigo Sandi Mori. O homem sobreviveu e, atualmente, está internado em estado grave.
“Ele [vítima] conheceu o suspeito através de um serviço de pintura [Ricardo era pintor]. Disse que era agiota e emprestou a quantia de R$ 4 mil a juros de 15%, em maio deste ano. Já na data do crime, no dia 9 de julho, a dívida estava em R$ 8 mil. Para não quitar a dívida, ele decidiu matar a vítima com a ajuda da mulher [Iavelina]”, detalhou o delegado.
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A dinâmica do crime
As investigações apontaram que Iavelina já tinha tido um relacionamento com a vítima de 66 anos. Isso facilitou, então, o livre acesso à residência do homem, para posteriormente tentar matá-lo. No dia do crime, Iaveline e Ricardo foram juntos até a casa do agiota.
“Quem entrou primeiro foi a mulher, com a finalidade de despistar a vítima. Enquanto ingeriam bebida alcoólica, Iavelina, inclusive, diluiu três comprimidos de paracetamol na bebida da vítima, porém não surtiu efeito”, descreveu Sandi Mori.
Foi no momento em que a vítima de 66 anos saiu para comprar mais bebida que Ricardo entrou no imóvel. Escondido, ficou dentro do quarto do homem, esperando ele retornar.
“Quando o homem retornou, ele [Ricardo] deu um mata-leão por trás, apagou a vítima. Depois, pegou uns fios numa caixa de som que estava ali no local; amarrou as mãos dele; desferiu quatro socos no rosto; além de seis golpes com a marreta [a mesma usada na morte de mãe e filho]. Por fim, ainda cortou o pescoço da vítima”, disse o delegado.
A polícia não divulgou mais detalhes sobre o estado de saúde da vítima, mas disse que ela está entubada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Espírito Santo.
Marreta utilizada para matar mãe e filho na Serra, Espírito Santo
Divulgação/PC
Morte de mãe e filho
O duplo assassinato ocorreu em 15 de julho. Os corpos de Priscila e Higor Gabriel foram encontrados pelo marido da mulher e pai da criança cobertos de sangue na varanda da casa.
Inicialmente, a Polícia Militar não conseguiu identificar o tipo de objeto utilizado para cometer os crimes. No entanto, os militares relataram que o menino apresentava indícios de que foi agredido até a morte.
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Quatro dias após o crime, na noite de 19 de julho, a polícia prendeu Ricardo Elias Santana, suspeito de planejar o assassinato com a amante, Iavelina Noemia de Oliveira.
Ricardo foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana; enquanto Iavelina Noemia de Oliveira foi para o Cento Prisional Feminino de Cariacica.
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