Presidente do Ibama fala pela primeira vez sobre assassinato de brigadista e diz que ‘está atento’ às investigações


Crime aconteceu em Formoso do Araguaia, em frente a casa da irmã de Sidiney de Oliveira Silva. A Polícia Civil investiga o caso. Presidente do Ibama fala pela primeira vez sobre assassinato de brigadista no Tocantins
Após mais de um mês da morte do brigadista Sidiney de Oliveira Silva, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Rodrigo Agostinho, falou sobre o caso. O crime aconteceu em Formoso do Araguaia, no dia 15 de junho. No início de julho a Associação de Servidores do Ibama pediu a federalização das investigações.
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Em entrevista à TV Anhanguera Rodrigo disse que o Instituto deve esperar o conclusão do inquérito policial para tomar as providências necessárias.
“Quando a gente percebe alguém que estava ali trabalhando combatendo os crimes ambientais, combatendo os incêndios florestais, a gente tem toda a nossa sensibilidade em relação ao caso. Nós ainda vamos aguardar a conclusão das investigações para tomada de qualquer outra providência relacionada ao caso. A gente está muito atento e estamos acompanhando as investigações e aguardamos a conclusão desse trabalho”, disse o presidente do Ibama.
Presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, fala sobre morte de brigadista Sidiney de Oliveira Silva
Reprodução/TV Anhanguera
Assassinado na porta de casa
Casado e pai de três filhos, Sidiney era ambientalista e brigadista experiente, contratado do programa Pevfogo, do Ibama. Ele atuava no combate a incêndios florestais, na região da Ilha do Bananal e dentro dos territórios indígenas do Parque Nacional do Araguaia.
No dia do crime ele foi encontrado pela irmã. Ela disse que ouviu duas ‘explosões’ e ao chegar à porta viu um homem caído perto do portão.
Sidney Silva foi morto a tiros na porta de casa em Formoso do Araguaia
Arquivo pessoal
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a investigação apontou que a arma utilizada foi uma espingarda cartucheira. Os tiros foram disparados de uma casa abandonada que fica na frente ao local que ele estava quando foi morto. Um vizinho relatou à polícia que antes de amanhecer, viu uma motocicleta parada na esquina. Nela estava um homem de jaqueta e capacete observando o local.
A SSP informou que as investigações continuam e que a Polícia Civil não tem medido esforços para buscar a elucidação deste crime. (Veja nota abaixo)
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Associação de servidores do Ibama pede federalização da investigação sobre assassinato de brigadista
Federalização das investigações
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No dia 10 de julho, o presidente da Associação de Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Asibama-TO), Wallace Rafael, entrou com pedido de federalização das investigações junto a Polícia Federal do Tocantins.
Wallace justificou o pedido dizendo que as investigações precisam ser efetivas e aprofundadas para que se chegue ao mandante do crime. (Veja no vídeo acima)
“A gente espera que esse processo seja concluído o mais rápido possível e que as investigações sejam aprofundadas o suficiente para que a gente chegue no mandante ou mandantes desse crime. A gente espera também que haja uma colaboração entre as polícias Civil e Federal, para que justamente haja uma investigação mais célere e efetiva sobre esse crime. Também vamos protocolizar esse pedido junto ao Ministério de Justiça, em Brasília”, disse.
O g1 também solicitou informações sobre o andamento do pedido de federalização e aguarda a resposta da Polícia Federal do Tocantins.
O que diz a SSP?
As investigações continuam em andamento. A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins reitera que as circunstâncias da morte do brigadista Sidiney de Oliveira Silva estão sendo investigadas pela 84ª Delegacia de Polícia de Formoso do Araguaia, com o apoio da 3ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Gurupi), da 8ª Divisão Especializada de Combate ao Crime Organizado (DEIC – Gurupi) e da 7ª Delegacia Regional da Polícia de Gurupi.
A SSP/TO reafirma que a Polícia Civil não tem medido esforços para buscar a elucidação deste crime cuja investigação é complexa e demanda tempo para serem concluídas.
Mais informações serão repassadas em momento oportuno.
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