Maduro diz que vai vencer as eleições e que oposição terá de respeitar o resultado: ‘não quero show, nem choradeira’


Em comício, presidente afirmou que tem apoio das Forças Armadas e que opositores querem converter a Venezuela em ‘Argentina de Milei’. Eleições estão marcadas para domingo (28). Nicolás Maduro durante campanha eleitoral na Venezuela, em 21 de julho de 2024
Palácio Miraflores via Reuters
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que vai vencer a eleição presidencial marcada para domingo (28) e que a oposição terá de respeitar o resultado. Maduro disse ainda que não quer ver “show, nem choradeira”.
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O venezuelano discursou durante um comício na tarde desta segunda-feira (22), em San Cristóbal, no noroeste do país. Aos apoiadores, Maduro disse que tem o apoio das Forças Armadas e se referiu aos opositores como membros da extrema direita.
“Já sei o final do filme. Ninguém vai manchar o processo eleitoral. Não vou permitir isso”, disse.
Maduro prometeu que haverá eleições no dia 28 de julho e disse que derrotará aqueles que pretendem “converter a Venezuela na Argentina de Milei”. Ele acusou a oposição de planejar a privatização de serviços públicos, como a educação.
“Não quero show, nem choradeira. No dia 28 vamos dar ganhar de lavada. Respeitarão os resultados”, afirmou.
Em seguida, a equipe do presidente começou a cantar um jingle eleitoral com o trecho da frase: “Não quero show, nem historinha, os covardes já perderam desde agorinha”.
Na semana passada, Maduro já havia dito que o país poderia enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” caso ele não seja reconduzido ao cargo.
A fala repercutiu na imprensa internacional. Na segunda-feira, o presidente Lula (PT) disse ter ficado “assustado” com a declaração e afirmou que Maduro precisa respeitar a eleição.
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Eleições
As eleições venezuelanas vão coincidir com a data de aniversário do ex-presidente Hugo Chávez, morto em 2013. Maduro, que era o então vice-presidente, assumiu o poder.
A comunidade internacional tem dúvidas a respeito da lisura do pleito, o que contraria um compromisso formal assinado por Maduro e a oposição em outubro de 2023.
Caso vença as eleições, Maduro terá o terceiro mandato consecutivo. No entanto, pesquisas de intenção de voto colocam o presidente em 2º lugar, atrás do concorrente e ex-diplomata Edmundo González.
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