Justiça condena Felipe Neto após chamar Arthur Lira de ‘excrementíssimo’; veja valor da multa

O influenciador digital, Felipe Neto foi, foi condenado a pagar uma indenização ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/ AL). A decisão é do juiz Cleber de Andrade Pinto e foi comunicada nessa segunda-feira (30), referente a uma declaração de Neto durante um debate na Câmara.

Felipe Neto é condenado a pagar indenização para Arthur Lira por danos morais – Foto: felipe-neto-indenização-arthur-lira

Em 23 de abril, o influenciador chamou o deputado de “excrementíssimo”, em alusão ao termo “excelentíssimo”. Neto discursava em uma audiência sobre a regulação das plataformas digitais, quando mencionou que Lira arquivou a tramitação do PL das fake news.

Em nota enviada ao R7, a defesa de Felipe Neto informou que “ainda não foi intimada” e que “quando isso ocorrer, a mesma tomará a decisão cabível sobre o recurso adotado”, comunicou.

Arthur Lira entrou na justiça contra influenciador

Em maio deste ano, o presidente da Câmara dos Deputados entrou com a ação na Justiça pedindo uma indenização de R$ 200 mil, mas o juiz julgou a ação parcialmente procedente. Os advogados de Lira alegaram que a honra dele foi ofendida pela fala de Felipe Neto.

“O autor alega que a expressão ‘excrementíssimo’ ultrapassou o limite assegurado à livre manifestação do pensamento e foi utilizada para atingi-lo pessoalmente, causando danos à sua honra e imagem”, disse a acusação no processo.

Os advogados do influenciador pontuaram que ele apenas fez um discurso crítico e que jamais quis ofender Lira, apenas “criticar severamente o seu posicionamento como Parlamentar, amparado pelo direito à liberdade de expressão“.

Defesa de influenciador alegou "liberdade de expressão" em fala sobre presidente da Câmara dos Deputados

Defesa de influenciador alegou “liberdade de expressão” em fala sobre presidente da Câmara dos Deputados – Foto: Redes Sociais/ Reprodução/ ND

Juiz entende que fala de Felipe Neto provocou injúria

No entendimento do juiz Cleber de Andrade Pinto, Neto teve a intenção de “se dirigir ao parlamentar de forma injuriosa”, não apenas no “calor do momento”. “Extrai-se de seu comportamento que era sua intenção se dirigir ao parlamentar de forma injuriosa, visando a atingir sua honra e imagem”, concluiu o magistrado.

“Tanto que, após a repercussão do caso, sabendo que cometera um ilícito, repostou a matéria na rede mundial de computadores”, continuou. “E se expressou de forma a não deixar dúvida de que tinha ciência de que cometera um erro. Ao respostar o vídeo, publicou ‘Podia não? Assista aqui’. Nesse momento deixou clara sua intenção injuriosa. Visava a atingir a honra e a imagem do parlamentar. Não criticou a atuação política do parlamentar, mas o ofendeu pessoalmente”, alega do magistrado.

Para o juiz, o termo “excrementíssimo” tem “potencial lesivo e pode macular a pessoa do autor de forma indelével, com uso pejorativo em seu desfavor”.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.