Após 5 meses sem chuva, cidade de SP sofre risco de colapsar por falta de água

O município de Barretos, no interior de São Paulo, vive uma falta de água superior a cinco meses. Com risco de colapsar, no último dia 20 a prefeitura da cidade emitiu um decreto de emergência. O comunicado cita a “grave crise hídrica provocada pela falta de chuva há mais de 160 dias, afetando diretamente a população.”

Moradores de Barretos, no interior de São Paulo, sofrem há cinco meses com falta de água severa

Moradores de Barretos, no interior de São Paulo, sofrem há mais de cinco meses com a falta de chuva – Foto: R7/ Reprodução/ ND

Segundo o comunicado, todos os 122.485 habitantes estão sofrendo com a estiagem em Barretos, na região de Ribeirão Preto. Não chove no município desde abril e, em julho, foi adotado o racionamento de água. Os moradores que descumprirem a determinação podem ser multados em até R$ 1.500,00.

Seis caminhões pipa foram disponibilizados para fornecer água aos moradores, que chegam a ficar sem abastecimento por até cinco dias, informou o R7. Entre maio e julho do ano passado, choveu apenas 55 milímetros na cidade. No mesmo período deste ano, não choveu.

Prefeitura de Barretos teme colapso por falta de água

Desde que decretou situação de emergência, todas as autoridades municipais estão mobilizadas para reduzir os impactos da falta de água na cidade.

“Abastecimento à população da cidade de Barretos está próximo de entrar em colapso”, diz o decreto. A Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil coordenam a situação.

Voluntários foram convocados para auxiliar em campanhas de arrecadação de recursos para “facilitar as ações de assistência à população afetada, sob a coordenação da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil”.

O abastecimento hídrico de Barretos depende de dois pontos de captação de águas da chuva, que são os córregos Pitangueiras e Aleixo.

O Brasil teve mais que o dobro de focos de incêndio da Angola, segunda colocada no ranking de queimadas

O Brasil teve mais que o dobro de focos de incêndio que Angola, segunda colocada no ranking de queimadas – Foto: Mayangdi Inzaulgarat/ Ibama/ Reprodução/ ND

Queimadas na Amazônia podem ter relação com falta de chuva

Segundo dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais), a seca já atinge 16 estados e o Distrito Federal. Com isso, segundo o órgão, sete em cada dez municípios sofrem com algum tipo de estiagem — da mais branda à severa.

A situação causa um aumento no número de queimadas na Amazônia, 78% superior ao índice registrado no ano passado. Dados revelados nesta sexta-feira (27), pelo Programa de Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), colocam o Brasil na liderança no número de queimadas em todo o país. Só em setembro, foram 79.499 focos de incêndio em todo território nacional.

Os biomas mais afetados foram os da Amazônia e do Cerrado. Desde o início do ano, o Brasil registrou 206.550 focos de incêndio, sendo que mais da metade foi na Amazônia.

Confira a reportagem exibida na Record News:

*Com informações do R7.

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