Professor é preso suspeito de estuprar filha pelo menos nove vezes quando ela era adolescente


Vítima chegou a ser desencorajada por parentes a denunciar o caso, mas procurou a polícia dez anos depois dos abusos. Mandado de prisão foi cumprido em Esperantina. Momento em que mandado de prisão foi cumprido em Esperantina
Divulgação/Polícia Civil
Um professor, de 46 anos, foi preso pela Polícia Civil em Esperantina, na região norte do estado, suspeito de cometer vários estupros contra a filha, quando ela tinha 14 anos. A vítima hoje tem 24 anos e denunciou o crime dez anos depois, pois não conseguiu relatar antes por causa da pressão da família.
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Segundo a polícia, o homem atuava no ensino fundamental da cidade. Conforme apurado pela investigação, ele teria estuprado a filha pelo menos nove vezes no ano de 2014. Testemunhas foram ouvidas e a polícia também conseguiu documentos que apontam para o abuso sexual.
A vítima não conseguiu denunciar a situação antes porque, segundo a polícia, familiares a desestimulavam. Como forma de chantagem emocional, parentes teriam dito que a avó morreria e irmãos dela cresceriam sem a presença do pai, além de outros argumentos que a impediam de ir até as autoridades.
Com 24 anos ela foi até uma delegacia e contou o que sofreu. Mesmo passado esse tempo, o boletim de ocorrência ainda constou que parentes ainda a desencorajaram a denunciar.
Foi apurado que o pai estuprou a filha por não aceitar que ela teria uma ‘uma paquera de adolescência’. Além disso, testemunhas afirmaram que o professor também tinha costume de espiar e até mesmo filmar as filhas e enteadas adolescentes enquanto elas tomavam banho.
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Por causa do abusos, a jovem que denunciou o pai desenvolveu Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT) e precisa de tratamento psiquiátrico atualmente. A denúncia faz parte desse tratamento, segundo a polícia.
O pedido de mandado de prisão preventiva foi autorizado pela Justiça e cumprido na manhã desta sexta-feira (19). O professor foi indiciado por estupro qualificado e duplamente majorado e se condenado, a pena pode chegar a 30 anos de prisão.
Ele foi recolhido à Unidade Penal Regional de Augustinópolis e está à disposição do Poder Judiciário.
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