Delegado filmado dando tapa em mulher e urinando em viatura é condenado a prisão e perda do cargo


Paulo Hernesto está afastado das funções de delegado desde 2023. Ele poderá cumprir a pena em regime semiaberto. Delegado dá tapa em mulher após se envolver em acidente de trânsito em Aurora
O delegado Paulo Hernesto Pereira Tavares, flagrado dando um tapa no rosto de uma mulher em 2023 após se envolver em um acidente de trânsito no município de Aurora, foi condenado na quinta-feira (18) pela Justiça a 9 anos e 6 meses de prisão e à perda do cargo. Ele também foi visto urinando em uma viatura da Polícia Civil e desacatando os agentes.
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Segundo a decisão da Vara Única da Comarca de Aurora, Paulo Hernesto poderá cumprir a pena em regime inicialmente semiaberto. Ele deve perder o cargo de delegado e ficar 2 anos proibido de dirigir. O réu foi sentenciado, ainda, a R$ 67 mil em danos morais às vítimas.
Paulo Hernesto se envolveu em um acidente de trânsito no dia 11 de novembro de 2023 após perseguir um adolescente no município de Aurora, no interior do Ceará. Após o acidente, ele discutiu com moradores, no que foi filmado dando o tapa em uma mulher.
Delegado da cidade de Aurora agride mulher após se envolver em acidente de trânsito na madrugada deste sábado
Reprodução
Ele chegou a ser detido após o acidente e a agressão, mas foi solto no mesmo dia após pagamento de fiança. No dia seguinte, dia 12 de novembro, o Ministério Público do Ceará (MPCE) pediu a prisão preventiva do delegado, destacando que ele já era réu pelos crimes de embriaguez ao volante e violência doméstica. O pedido foi aceito e ele foi preso.
Porém, já no dia 13 de novembro, Paulo Hernesto foi solto novamente. Ele permaneceu em liberdade até o dia 24 de novembro, quando foi preso por atrapalhar a investigação sobre o caso. Ele ficou na cadeia até abril de 2024, quando a Justiça autorizou o delegado a responder ao processo em liberdade.
Entenda
Delegado que deu tapa no rosto de mulher urinou em viatura da Polícia Civil
Delegado da Polícia Civil, Paulo Hernesto foi filmado agredindo uma mulher em confusão após acidente de trânsito na cidade de Aurora, na região do Cariri, no interior do Ceará. Em vídeo registrado por testemunhas, ele deu um tapa em uma das mulheres presentes no tumulto.
Desde então, o flagra teve desdobramentos. O g1 listou os acontecimentos em uma linha do tempo:
A agressão foi registrada na madrugada do dia 11 de novembro. O delegado se envolveu em um acidente de trânsito após perseguir um adolescente e depois discutiu com moradores, no que foi filmado dando o tapa em uma mulher.
O delegado foi liberado da detenção no mesmo dia da agressão após pagar fiança. O valor da fiança não foi informado.
Na manhã do dia 12 de novembro, o MPCE entrou com o pedido de prisão preventiva após discordar da liberação do delegado depois do pagamento da fiança. A Justiça cearense atendeu o pedido do MP e Paulo Hernesto foi preso no fim do dia na cidade do Crato.
O delegado Paulo Hernesto Pereira Tavares também foi filmado urinando em uma viatura da Polícia Civil do Ceará pouco depois de ter sido detido por conta da agressão. O vídeo veio à tona dias após o flagra de agressão.
Veículo envolvido no acidente com o delegado de Aurora na madrugada deste sábado (11)
Reprodução
Na manhã da segunda-feira (13), menos de 24 horas após ter sido preso, o delegado foi solto após passar por uma audiência de custódia no 1º Núcleo de Custódia e Inquérito, na cidade de Juazeiro do Norte. Paulo Hernesto obteve a liberdade provisória mediante o cumprimento de alguns requisitos, como não se ausentar da comarca onde reside, entre outros. Confira os detalhes aqui.
Semanas depois, em 24 de novembro de 2023, Paulo foi preso novamente após atrapalhar investigação sobre o caso. Ele estava ‘descumprindo medidas cautelares, atrapalhando as investigações e manipulando o teor das declarações e depoimentos de testemunhas’ sobre o caso de agressão contra a mulher.
Ele continua afastado das funções e preso desde o dia 24 de novembro.
Agora, o Ministério Público entrou com a denúncia pelos crimes praticados em 11 de novembro. O órgão também pede a manutenção da prisão preventiva do delegado.
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