PF investiga funcionária dos Correios que fraudava extravio de encomendas para receber indenizações


Encomendas eram enviadas de Campinas à agência no Pará. Além da mulher, familiares também estão entre suspeitos de causar prejuízo de R$ 150 mil. Polícia Federal de Campinas
Helen Sacconi/EPTV
A Polícia Federal de Campinas (SP) investiga uma ex-gerente dos Correios por suspeita de simular o extravio de encomendas para receber indenizações. De acordo com a PF, a mulher contava com a ajuda de familiares para cometer as fraudes e pode ter causado um prejuízo de R$ 150 mil.
Nesta quarta-feira (4), por meio da operação Cartas Marcadas, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão na metrópole e em Piçarra (PA), cidade em que a mulher atuava. A funcionária foi afastada de sua funções e, assim como outros investigados, teve bens bloqueados.
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Como funcionava a fraude?
Segundo a polícia, a gerente era a única funcionária da agência, localizada no Pará. Ela se aproveitava do serviço de encomendas com valor declarado para obter indenizações fraudulentas com a ajuda de familiares.
📦 Entenda: o ‘valor declarado’ é um serviço adicional em que o consumidor declara o custo do objeto postado com a garantia que o montante será ressarcido em caso de extravio, avaria, entre outros anos.
Os envolvidos postavam encomendas a partir de uma agência de Campinas (SP), com destino à cidade de Piçarra (PA), simulando que se tratava de um objeto de alto valor. Para o envio, contratavam o serviço de ‘valor declarado’.
A funcionária recebia as encomendas na agência em que trabalhava, mas não registrava no sistema. Isto é, fingia que os produtos haviam sido extraviados e, em seguida, pedia as indenizações para receber indevidamente.
Prejuízo
Entre setembro de 2023 e fevereiro de 2024, os investigados receberam ao menos R$ 54,8 mil em indenizações pagos pelos Correios. Alguns dos pedidos de ressarcimento por extravio foram negados, pois a irregularidade foi detectada pela área de segurança do órgão.
Os suspeitos podem ser condenados pelos crimes de peculato, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa. As penas podem chegar a 27 anos.
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