OEA condena pedido de prisão contra ex-candidato da oposição, Edmundo González, na Venezuela


Em um comunicado conjunto, Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai condenaram de forma inequívoca e absoluta a ordem de prisão. OEA condena pedido de prisão contra ex-candidato da oposição, Edmundo González, na Venezuela
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A ordem de prisão contra Edmundo González também provocou críticas na comunidade internacional.
A Organização dos Estados Americanos condenou o pedido de prisão. Em nota, descreveu o mandado como uma forma de “perseguição política, que constitui mais um crime da lógica permanente e contínua de violação sistemática dos direitos humanos na Venezuela. A OEA declarou: “mais uma vez, o Poder Judiciário da Venezuela comete atos que o consolidam como instrumento fundamental de executor de crimes contra a humanidade”.
Em um comunicado conjunto, Argentina, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai condenaram de forma inequívoca e absoluta a ordem de prisão. Os governos destacaram que “a ordem cita diversos delitos que nada mais são do que uma tentativa de silenciar Gonzalez e ignorar a vontade popular venezuelana. O mandado constitui perseguição política”.
Também disseram: “não há separação entre os poderes nem garantias judiciais mínimas na Venezuela”.
O governo do Chile também rechaçou o mandado de prisão e reiterou que condena qualquer forma de repressão contra opositores do regime ditatorial da Venezuela.
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, cobrou respeito à liberdade do ex-candidato à presidência, Edmundo González, à sua integridade e aos seus direitos humanos do ex-candidato à presidência Edmundo González.
Nas redes sociais, postou: “Basta de repressão e intimidação contra à oposição e à sociedade civil. A vontade do povo venezuelano deve ser respeitada”
Chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, cobrou respeito à liberdade do ex-candidato à presidência, Edmundo González
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Da eleição ao mandado de prisão contra o opositor Edmundo González: veja cronologia da crise na Venezuela
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que o mandado de prisão é apenas mais um exemplo dos esforços de Maduro para se manter no poder à força e se recusar a reconhecer a vitória de González.
Kirby acrescentou que os Estados Unidos estudam medidas pra demonstrar que os atos de Maduro terão consequências.
Desde 2013, quando Nicolás Maduro chegou ao poder, os Estados Unidos ampliaram as sanções à Venezuela. As restrições são a empresas, entre elas a estatal petroleira PDVSA, e a pessoas ligadas ao governo.
No ano passado, os Estados Unidos afrouxaram sanções ao setor de petróleo como parte de um acordo que exigia garantias democráticas de Maduro. Mas em abril deste ano, as autoridades americanas voltaram com as restrições porque o regime impediu a candidatura de opositores na eleição presidencial.
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