Onda de violência em Bangladesh: protestos de estudantes deixam mortos e causam destruição


Nesta quinta (18), terceiro dia de manifestações, os jovens entraram em confronto com a polícia pelas ruas de Dhaka, capital do país, e um grupo incendiou a sede da principal emissora de TV estatal, a BTV, segundo a agência AFP. Protestos de estudantes nas ruas de Bangladesh deixam mortos e destruição
Uma onda de violência está dominando as ruas de Bangladesh e já deixou ao menos 19 mortos. Nesta quinta-feira (18), terceiro dia de protestos no país, milhares de estudantes voltaram a se manifestar contra uma política que estabelece cotas para a alocação de empregos governamentais e entraram em confronto direto com policiais na capital, Draka.
A sede da rede estatal de televisão do país, Bangladesh Television, foi atacada. Um produtor de notícias e um repórter da emissora falam por telefone com a agência Associated Press, , sob condição de anonimato, por medo de serem atacados, e contaram que manifestantes arrombaram a porta principal e incendiaram a recepção e o veículo.
“Eu escapei saltando o muro, mas alguns dos meus colegas ficaram presos lá dentro. Os agressores entraram no prédio e atearam fogo nos móveis”, disse o produtor.
Segundo ele ainda, a televisão continuou a transmitir, mas alguns residentes em Dhaka disseram que não conseguiam encontrar sinal da estação nas suas casas.
À Reuters, autoridades disseram ter cortado alguns serviços de internet móvel para tentar conter a agitação.
De acordo com a AFP, os estudantes se recusaram, nesta quinta, a negociar com a primeira-ministra Sheikh Hasina e o governo ordenou o fechamento indefinido de escolas e universidades.
Policial caído e ensanguentado após ser agredido por manifestantes
Rajib Dhar/AP
Policial é agredido por manifestantes em Bangladesh
REUTERS/Mohammad Ponir Hossain
Policial é perseguido e agredido com bastões em Bangladesh
REUTERS/Mohammad Ponir Hossain
Homem ensanguentado em meio aos protestos em Bangladesh
REUTERS/Anik Rahman
Pessoas assustadas com onda de violência em Bangladesh
Abdul Goni/AP
Adicionar aos favoritos o Link permanente.