Inaugurada na 2º Guerra Mundial, Base Aérea do Recife será desativada pela Aeronáutica


Decisão afirma que base sofreu redução ‘significativa’ em atividades. Desativação será na quarta (24). Base Aérea do Recife em imagem de arquivo
Reprodução/TV Globo
A Força Aérea Brasileira (FAB) determinou a desativação da Base Aérea do Recife (Barf), que fica no Jordão, na Zona Sul da cidade. De acordo com a decisão, houve uma redução “significativa” nas atividades da base. A data de desativação, marcada para a quarta-feira (24), coincide com o aniversário de 83 anos da base, que foi fundada em plena 2ª Guerra Mundial.
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A decisão foi assinada no dia 10 de maio pelo tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, atual comandante da FAB, e publicada no Boletim do Comando da Aeronáutica em 15 de julho. Na portaria, Damasceno reforça que, por causa da queda das atividades, a base servia mais como um apoio eventual.
“Em virtude de não mais haver Unidades Aéreas sediadas, a vocação dessa nobre OM (organização militar) voltou-se para a Segurança e Defesa (Segdef), assim como apoio eventual a aeronaves militares em trânsito por Recife”, diz a portaria.
O comandante também afirma que a desativação tem como objetivo promover a eficiência administrativa e econômica da FAB.
Com a desativação, as atividades da Barf serão distribuídas pelas seguintes organizações:
Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo – Cindacta III, no Jardim Jordão, em Jaboatão dos Guararapes;
Segundo Comando Aéreo Regional (II Comar), em Boa Viagem, na Zona Sul;
Grupamento de Apoio de Recife (GAP-RF), também em Boa Viagem.
A realocação das atividades vai de acordo com os regimentos internos de cada organização.
A decisão também reforça que, mesmo com a desativação, as placas de sinalização com “Base Aérea do Recife” serão mantidas, a fim de preservar os laços históricos do Exército com a sociedade.
O acervo histórico da Barf também permanecerá nas instalações da desativada base, sob a proteção do Cindacta III.
Criada em 1941, a Barf se originou em uma área chamada de Campo do Ibura (Ibura Field), na época pouco ocupada, e foi usada durante a 2ª Guerra Mundial pelos Estados Unidos no combate aos países do Eixo.
A região comportava as bases estadunidenses US Navy, da Marinha, e US Army, do exército. Com o passar dos anos, parte da área do Campo do Ibura foi cedida à Infraero para posterior ampliação do Aeroporto Internacional do Recife, e a Barf passou a ser administrada pelo Cindacta III e pelo GAP.
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