“O coração está acelerado”, afirma pai de Bernardo Pabst da Cunha antes do júri popular em Blumenau

Antes mesmo do início do júri popular no Fórum de Blumenau, familiares das vítimas do ataque à creche Cantinho Bom Pastor se reuniram em frente ao local para acompanhar o julgamento. Paulo da Cunha, pai de Bernardo Pabst da Cunha, de 4 anos, uma das vítimas, falou com a equipe de reportagem do Portal Alexandre José.

“Só quero que seja feita justiça. Estamos lutando por leis melhores, por uma segurança mais eficaz nas escolas. É muito triste tudo isso”, afirmou Paulo.

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Visivelmente emocionado, ele também comentou sobre o impacto do julgamento na família: “O coração está acelerado. Não sentimos raiva ou ódio desse rapaz, só queremos que a justiça seja feita, porque nada vai trazer nossos filhos de volta. Precisamos ser fortes para enfrentar este momento”, disse.

O julgamento

Um forte esquema de segurança foi montado no Fórum de Blumenau para o júri popular do acusado pelo crime na creche particular Cantinho Bom Pastor, que resultou na morte de quatro crianças. O julgamento começou por volta das 8h desta quinta-feira (29) e não tem previsão de término.

A Rua Zenaide Santos de Souza, em frente ao fórum, foi temporariamente fechada no início da sessão. Durante o julgamento, a via será liberada, mas será novamente fechada ao final, inclusive para veículos de imprensa.

Processo em segredo de justiça

Devido à grande repercussão do caso e ao fato de o processo correr em segredo de justiça, a sessão não será aberta ao público. Apenas familiares das vítimas, do réu e a imprensa poderão acompanhar o julgamento.

O crime

Os promotores Guilherme Schmitt e Rodrigo Andrade Viviani estão pedindo a condenação do réu, acusado de quatro homicídios qualificados, incluindo motivos torpes, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas, meio cruel e o fato de as vítimas serem menores de 14 anos. Além disso, ele responde por cinco tentativas de homicídio.

Procedimentos do julgamento

O julgamento começou com o sorteio dos jurados que formarão o Conselho de Sentença. Das 40 pessoas convocadas, sete foram escolhidas para decidir o destino do acusado. Após o sorteio, as testemunhas serão ouvidas e, em seguida, o réu será interrogado, podendo optar pelo silêncio.

Na parte da tarde, estão previstos os debates entre a acusação e a defesa, cada uma com até uma hora e meia para apresentar seus argumentos. O Ministério Público terá a oportunidade de réplica, e a defesa, de tréplica, ambas com até uma hora.

Por fim, a juíza se reunirá com os jurados, a acusação e a defesa para a votação dos quesitos, que são as perguntas sobre o crime que orientarão a sentença. A leitura da sentença, prevista para o final do julgamento, contará apenas com a presença dos familiares das vítimas, do réu e da imprensa.

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