Ex-presidente da FFMS, Francisco Cezário é preso em operação do Geaco por descumprir ordem judicial


Cezário foi alvo da operação “Cartão Vermelho” do Gaeco em maio deste ano. Investigações, tocadas durante 20 meses, revelaram um esquema de desvio de recursos na Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul. Francisco Cezário de Oliveira, saindo de sua casa na manhã desta quarta-feira (28).
Osvaldo Nóbrega
O ex-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Francisco Cezário de Oliveira, de 77 anos, foi preso na manhã desta quarta-feira (28), durante ação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO). A prisão se deve ao descumprimento de uma ordem judicial.
Cezário foi alvo da operação “Cartão Vermelho” do Gaeco em maio deste ano, após investigações revelarem um esquema de desvio de recursos na FFMS.
Na época, também chegou a ser preso em casa. No entanto, sua defesa conseguiu o habeas corpus. Na ocasião, o Tribunal de Justiça determinou medidas cautelares, entre elas, a proibição de Cesário exercer qualquer função na Federação de Futebol de MS.
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Ocorre que após a medida cautelar, Cesário teria realizado reuniões em sua casa com presidentes e dirigentes esportivos. Algumas dessas reuniões teriam ocorrido nos dias 5 de junho e 6 de agosto, antes da realização de assembleias gerais na FFMS.
Por descumprir a medida cautelar, o juiz Márcio Alexandre Wust determinou busca e apreensão na casa de Cesário e a revogação do benefício da medida cautelar.
Não há informações do que foi apreendido na casa do ex-dirigente de futebol. A reportagem entrou em contato com a defesa de Cezário, mas até a publicação da reportagem não tivemos um retorno.
Operação Cartão vermelho
O presidente da Federação é um dos alvos da operação “Cartão Vermelho” do Gaeco. As investigações, tocadas durante 20 meses, revelaram esquema de desvio de recursos na FFMS. A operação identificou que valores recebidos do governo estadual e da CBF eram desviados por um grupo dentro da Federação.
Segundo o Gaeco, os investigados sacavam valores inferiores a R$ 5 mil para não chamar a atenção dos órgãos de controle e dividiam o dinheiro entre si.
Em mais de 1,2 mil saques, a organização criminosa desviou mais de R$ 3 milhões. Além disso, houve desvios de diárias de hotéis pagas pelo estado para jogos do Campeonato Estadual de Futebol. Os estabelecimentos envolvidos devolviam parte dos valores recebidos aos integrantes do esquema. No total, em quatro anos e cinco meses, mais de R$ 6 milhões foram desviados.
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