
O pontífice, que está internado há cinco semanas, irá continuar o tratamento em casa e precisará de pelo menos dois meses de repouso. Ele fará sua primeira aparição pública aos fiéis, da janela do hospital, antes de sair de lá, ao meio-dia. Papa vai deixar o hospital neste domingo
Gabriel Bouys/AFP
Depois de 37 dias de internação, o papa vai deixar o hospital neste domingo (23). Francisco tem 88 anos e precisará de dois meses de repouso para uma recuperação plena.
A alta do Papa Francisco foi anunciada com satisfação pelos seus dois médicos e pelo porta-voz do Vaticano.
“A boa notícia, que eu acredito que o mundo inteiro está esperando, é que amanhã o Santo Padre vai ter alta. Ele terá alta”.
Neste domingo (23), ao meio-dia, o Papa vai aparecer na janela do Hospital Gemelli para cumprimentar os fiéis. Será a primeira aparição desde o dia 14 de fevereiro, quando foi internado com uma grave infecção respiratória.
Em cinco semanas de hospitalização, o Vaticano divulgou apenas uma fotografia com o Papa quase de costas.
Depois da bênção aos fiéis, neste domingo, ele volta para a Casa Santa Marta, onde mora, no Vaticano.
Ele está muito feliz, disseram os médicos. Fazia quatro dias que ele perguntava quando iria pra casa.
Francisco terá que ficar de repouso por mais dois meses. Continuará com os remédios, as fisioterapias respiratória e motora, e recebendo oxigênio.
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Os médicos quiseram esclarecer que o Papa nunca foi entubado, que permaneceu sempre vigilante e consciente. Não teve COVID e não tem diabetes.
Francisco emagreceu, mas está comendo um pouco melhor e consegue escrever sozinho.
Luigi Carbone, médico pessoal do Papa, confirmou que ele está com a fala prejudicada. Disse que os prazos para recuperação da voz são difíceis de prever, mas, olhando para as melhorias até agora, é possível que seja num curto espaço de tempo.
“O Santo Padre está melhorando. Esperamos que em breve ele possa retornar às atividades normais”, afirmou.
O Papa precisará de confiança pra falar, já que a oxigenação de alto fluxo distende os músculos respiratórios e seca a mucosa das cordas vocais.
O chefe da equipe do Gemelli, Sergio Alfieri, disse que Francisco viveu duas crises em que a sua vida esteve em perigo, mas que, neste momento, as infecções mais graves já se resolveram. O Papa não tem mais pneumonia.
As suas condições clínicas estão estáveis há duas semanas. Alfieri acrescentou:
“Quando um paciente tem uma infecção desse tipo, o progresso depois de um tempo é maior em casa. O hospital é o pior lugar para continuar a recuperação porque é onde há risco de pegar mais infecções”.
E concluiu: “O Papa foi um paciente exemplar”.
Para o Papa que adora encontrar pessoas, são desaconselhados esforços e eventos com grandes grupos. Os médicos contaram que perceberam que o bom humor tinha voltado ao rosto do pontífice quando, passado o estado mais crítico, Francisco repetiu: “Ainda estou vivo.”