Árvore indiana que causa problemas ambientais pode ser substituída por espécies nativas do Cerrado em escolas de Palmas


Plantação do Nim Indiano está proibida por lei estadual. Diretores de escolas podem pedir a substituição à Fundação do Meio Ambiente. Árvores Nim indiano devem ser retiradas de escolas municipais de Palmas; entenda
As árvores de Nim Indiano plantadas em escolas municipais de Palmas devem ser subistitídas por espécies nativas do cerrado. A orientação de substituição foi dada por órgãos da prefeitura, já que o Nil é considerado invasorr e pode causar de desequilíbrios ambientais.
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Com o nome científico Azadirachta indica A. Juss, o chamado Nim é conhecido no meio da agricultura por ser usado para produção de repelente. Se popularizou na capital pela altura e sombra, segundo o gerente de Monitoramento e Recuperação de Áreas da FMA, Raimundo Nonato Santos Filho.
“Houve uma busca por essa espécie em razão de certas características que é o crescimento rápido e muitos vieram em busca porque ela funcionaria como repelente, como inseticida, principalmente nas áreas rurais. Nas áreas urbanas veio um avanço, um uso de forma indiscriminada, e o que a gente vem observando é que essa espécie tem causado transtornos porque se trata de uma espécie de grande porte, o sistema radicular é agressivo, a parte aérea compromete os equipamentos urbanos existentes nas vias públicas e com isso inviabiliza o uso dessa espécie”, alertou o gerente.
No meio ambiente, o Nim pode atrapalhar espécies animais e vegetais da região. Um dos exemplos é que a flor da planta produz uma substância que causa a intoxicação de abelhas, segundo explicou o biólogo e coordenador do Projeto Germinar, Bonfim dos Reis Ferreira. Isso pode causar desequilíbrio na polinização das espécies, por exemplo, que é a reprodução de forma assexuada.
“Causa a morte ou até a diminuição na reprodução das abelhas. Ou seja, são plantas que para as abelhas são tóxicas. E as abelhas são as maiores polinizadoras que existem no planeta. Se não houver polinização, não haverá formação de frutos. Ou seja, é uma preocupação, embora as abelhas tenham propriedade seletiva, ela consegue não vir mais polinizar a flor do Nim”, afirmou o biólogo.
Nim Indiano em escola de Palmas
Lia Mara/Prefeitura de Palmas
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A Lei nº 4.540, de 14 de novembro de 2024, proíbe a plantação do Nim Indiano para arborização urbana e/ou reflorestamento dos Biomas locais. Para compensar a retirada da espécie, a lei incentiva que sejam plantadas espécies nativas.
Nas escolas municipais que possuem exemplares da planta invasora, a Secretaria Municipal da Educação (Semed), por meio do Projeto Germinar e da Fundação do Meio Ambiente (FMA), orienta que elas sejam substituídas, por exemplo, por árvores de baru, aroeira, sucupira e ingá, entre outras espécies.
Segundo Semed, os diretores das escolas podem entrar em contato com a Fundação para solicitar a substituição do Nim e o objetivo é fazer essa mudança de forma gradual e programada.
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