
Vítimas de 11 e 14 anos foram encontradas na casa de uma advogada de 49 anos. Suspeita foi presa em flagrante na manhã de terça-feira (18). Menores de idade vítimas de exploração sexual ficam sob cuidados do Conselho Tutelar
Uma criança de 11 anos e uma adolescente de 14 anos, vítimas de abuso e exploração sexual infantil, estão recebendo cuidados do Conselho do Tutelar de Boituva (SP) desde terça-feira (18), após terem sido encontradas na casa de uma advogada da região.
Maquiagem usada por adolescentes que foram encontradas na casa de investigada em Boituva (SP)
Reprodução/Polícia Civil
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), as duas meninas foram acolhidas pela instituição, onde terão acompanhamento psicológico. Além delas, havia uma mulher de 18 anos na casa.
Durante a ocorrência, a Polícia Civil prendeu em flagrante a advogada Carla Glória do Amaral Barbosa Videira, de 49 anos, suspeita de armazenar imagens de abuso e exploração sexual da criança de 11 anos. O conteúdo foi encontrado no celular da mulher na terça-feira (18).
Polícia Civil localiza roupas e perucas na casa de investigada em Boituva (SP)
Reprodução/Polícia Civil
Policiais cumpriram mandados de busca e apreensão em três endereços de um condomínio na cidade. Na casa da advogada, foram apreendidos cinco celulares, um notebook e um computador. No local, também havia maquiagens, perucas e roupas espalhadas. Todas as adolescentes localizadas na casa estavam maquiadas.
As investigações apontam que a advogada buscava crianças em outras cidades, como Iperó (SP). A mulher passou por audiência de custódia e teve a prisão em flagrante convertida em preventiva.
O que diz a OAB
Em comunicado publicado nas redes sociais, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Boituva, se pronunciou sobre o caso, esclarecendo que a advogada não está inscrita na subseção da OAB do município e que repudia qualquer forma de violência e abuso contra crianças e adolescentes.
OAB se pronunciou em nota sobre o caso da advogada de Boituva presa em flagrante, após ser suspeita de armazenar imagens de abuso e exploração sexual da criança de 11 anos
Reprodução/redes sociais
Na nota, a OAB afirmou que está acompanhando o caso com atenção. O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB de São Paulo informou que está apurando todas as denúncias recebidas, mas que os processos são sigilosos até que haja uma decisão definitiva por parte da Justiça em todas as instâncias, sem possibilidade de recorrer.
Em caso de condenação da advogada Carla Glória do Amaral Barbosa Videira, será feita a suspensão ou exclusão dela nos quadros da OAB.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil a fim de identificar se mais pessoas estão envolvidas no abuso e exploração sexual infantil.
Com informações de Leonardo Vieira.
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