Em episódio sobre crenças e fé, série ‘Amazônidas’ reúne pajelança, tambor de mina e devoção a Santo Antônio


Objetivo da produção é que o público compreenda a profundidade das crenças e da espiritualidade que permeiam a vida das comunidades amazônicas. Pajé Nato Tupinambá em momento de conexão com os saberes ancestrais na floresta
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Selecionada pelo Edital de Audiovisual Fomento Inciso I – Lei Paulo Gustavo, a série documental “Amazônidas”, um projeto feito por amazônidas e que retrata a diversidade sociocultural da região, entre tantos assuntos, terá um episódio dedicado ao tema “crenças, fé e saberes ancestrais”.
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A série, composta por cinco episódios vai exibir histórias de comunidades quilombolas, populações negras, indígenas, ribeirinhas e LGBTQIAPN+.
No episódio sobre as “Crenças”, os espectadores conhecerão, por exemplo, as práticas espirituais e de cura de Nato Tupinambá, Pajé da Aldeia Cabeceira de São Pedro.
Nato compartilhará sua conexão com a floresta e os rios, elementos centrais de sua vida e de sua prática de pajelança. “A floresta é a minha casa sagrada”, diz Nato, sintetizando a relação entre seu povo e o meio ambiente.
Além do pajé Nato, a equipe da Muruci Produções viajou até Monte Alegre, no Pará, para contar a história da professora e gestora escolar Ádria Fabíola Pinheiro de Sousa.
Ádria Fabíola preserva a prática do tambor de mina em Monte Alegre-PA
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Fomentadora da cultura popular da Amazônia e participante ativa do movimento negro na região, Ádria Fabíola desempenha um papel essencial na preservação e prática do Tambor de Mina, uma religião de matriz africana que carrega consigo a história, a espiritualidade e a resistência de seus antepassados.
Ádria Fabíola compartilhará sua visão sobre a importância da preservação dos saberes ancestrais: “O chão sagrado é meu porto seguro. Mamãe Oxum é minha fortaleza. Minha família é o meu alicerce e fazer o bem é o que me move”, afirmou.
Círio fluvial noturno de Santo Antônio em Oriximiná
Márcio Garcia/Arquivo Pessoal
Neste episódio, os espectadores também conhecerão um dos maiores círios fluviais em devoção à Santo Antônio, realizado no município de Oriximiná, por meio da história de Thamires Gemaque, que fortaleceu sua fé e devoção ao santo após o diagnóstico de autismo de seu filho.
“Queremos que o público compreenda a profundidade das crenças e da espiritualidade que permeiam a vida das comunidades amazônicas. Todos os interlocutores são exemplos de como a cultura e a fé são fundamentais na preservação da identidade de um povo”, disse o diretor e proponente da série “Amazônidas”, antropólogo Diego Alano Pinheiro, sobre a relevância de trazer à tona todas essas histórias.
A série “Amazônidas” deve ser lançada em dezembro de 2024.
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