Figueirense deu “xeque-mate” no clássico contra o Avaí

No grande tabuleiro do clássico catarinense, Figueirense e Avaí assumiram papéis que poderiam muito bem estar descritos em um manual de xadrez. O Avaí, mesmo com vantagem numérica desde os 26 segundos, parecia um jogador perdido, movendo suas peças sem estratégia. A expulsão de Kayke pelo Figueirense era como um bispo perdido no início do jogo, mas, ao contrário do que se esperava, o Leão não soube capitalizar.

Figueirense deu “xeque-mate” no clássico – Foto: Foto: Patrick Floriani/Figueirense/ND

Enderson Moreira, o técnico que deveria ser o “rei” do Avaí, ficou encurralado pela própria falta de criatividade. Marquinhos Gabriel, peça-chave no meio-campo, agiu como um peão estático, sem a visão ou coragem para avançar e ameaçar.

O time azul e branco parecia repetir movimentos previsíveis, como quem joga para empatar. Triangulações inexistentes e uma apatia coletiva transformaram o jogo em um festival de passes laterais e ataques inofensivos.

Do outro lado, Thiago Carvalho, um técnico menos renomado, jogou com a precisão de um enxadrista experiente. A linha de cinco defensores montada após a expulsão foi como um roque bem executado, protegendo o “rei” alvinegro e frustrando qualquer tentativa de avanço do Avaí.

João Lucas, rápido e incisivo, funcionou como uma dama em contragolpes mortais. O gol no primeiro tempo foi o xeque, e a postura defensiva no segundo tempo selou o xeque-mate.

No fim, o 1 a 0 foi mais do que um placar: foi a prova de que, no futebol, assim como no xadrez, a estratégia supera o improviso. O Avaí, com peças mais valiosas, sucumbiu à organização do Figueirense, que aproveitou ao máximo as brechas deixadas no tabuleiro.

A vitória alvinegra não só expôs a falta de um plano no Leão, mas também mostrou que o xadrez do futebol é vencido por quem sabe enxergar além do próximo lance.

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