Após uma década de operação, Raízen deixará de produzir etanol 2G na planta de Piracicaba na próxima safra


Planta foi 1ª a ser inaugurada para produzir de etanol celulósico do grupo e, segundo comunicado ao mercado, passará a fazer testes e ‘futuros desenvolvimentos’ do biocombustível. Raízen, produtora de etanol 2G em Piracicaba, SP
Paulo Altafin/ Divulgação Raízen
Após quase dez anos de funcionamento, a Raízen anunciou a interrupção da produção de etanol de segunda geração (E2G) no Parque de Bioenergia da Usina Costa Pinto, em Piracicaba (SP), a partir da próxima safra, com início em 1º de abril de 2025. A planta foi primeira a ser inaugurada para produzir de etanol celulósico do grupo e, agora, segundo comunicado feito a acionistas e ao mercado, nesta última sexta-feira (17), passará a fazer testes e “futuros desenvolvimentos” do biocombustível.
O comunicado ainda informa que a planta passou por aprimoramentos e transformações para melhoramentos da tecnologia de produção do etanol longo de uma década de operação.
“Inaugurada em 2015, a Copi passou por diversas transformações para aprimoramento e desenvolvimento da tecnologia de produção de E2G, que foi replicada em escala comercial na Planta de Bonfim (Planta 2), que já está operacional, e nas Plantas Univalem (Planta 3) e Barra (Planta 4), que estão em fase de comissionamento e iniciarão operação após obtenção das autorizações necessárias”, acrescenta.
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Inauguração
A a primeira planta do combustível produzido pelo bagaço da cana-de-açúcar no Brasil foi inaugurada em julho de 2025. Na época, a Raízen estimava que as oitos fábricas façam 1 bilhão de litros do chamado etanol “2G” por ano.
Após a inauguração da primeira usina de etanol 2G no Brasil nesta quarta, a Raízen esperava aumento mínimo de 50% na produtividade, sem precisar ampliar a área de plantio, chegando a 290 litros de combustível por tonelada de matéria seca. A nova planta será integrada à unidade Costa Pinto, também do grupo.
Fábrica de Etanol 2G da Raízen em Piracicaba
Paulo Altafin/Raízen
Fábrica
Construída em uma área de 30 mil metros quadrados e com capacidade para produzir 42 milhões de litros por ano, a unidade em Piracicabaé a primeira no país destinada exclusivamente para a produção desse tipo de combustível, segundo a empresa. A fábrica custou R$ 237 milhões e parte dos recursos são do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
As sete novas plantas serão construídas quando o custo de produção do etanol de segundo geração ficar no mesmo patamar que o de primeira. Quando anunciou a construção das usinas, a Raízen não informou onde serão localizadas as próximas fábricas do novo combustível, mas afirmou que elas não precisam ser integradas à usina já existente, como do caso da inaugurada nesta quarta em Piracicaba.
Comercialização
O etanol celulósico chegou às bombas de combustível no final de 2014 em Piracicaba. Com sede na cidade, a Raízen forneceu 200 mil litros do 2G a um posto no município no dia 17 de dezembro. Foi a primeira vez que o produto foi comercializado no país, segundo a empresa.
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