Lesma rosa gigante reaparece em vulcão extinto após incêndios florestais

Novos registros da “lesma rosa gigante” animaram pesquisadores do Parque Nacional Monte Kaputar, na Austrália. Os cientistas temiam a extinção da espécie após os incêndios florestais ocorridos em 2019.

Lesma rosa gigante em vulcão inativo

Lesma rosa gigante reaparece em habitat após quase ter sido extinta – Foto: Reprodução/The Guardian/ND

A lesma kaputar, como é conhecida, cresce até 20 cm de comprimento,  podendo ficar maior que uma mão humana.

O único lugar em que esse animal pode ser encontrado é em um vulcão extinto no parque nacional Mount Kaputar, em Nova Gales do Sul, na Austrália.

Em 2019, a área alpina do parque foi atingida por incêndios florestais, matando cerca de 90% da população de espécies presentes no local. Porém, alguns sobreviventes dessa espécie foram registradas em 2020.

Aplicativo ajuda a monitorar a lesma rosa gigante

Desde então, o parque lançou o aplicativo “Slug Sleuth”, que ajuda a monitorar esses animais. Com esse sistema, os visitantes do parque podem relatar avistamentos no local, ajudando com a preservação da lesma rosa gigante. Até o momento, cerca de 850 relatos de avistamentos foram registrados.

As pessoas podem enviar fotos e informações sobre quantos viram, onde e quando, para que especialistas possam determinar suas preferências de habitat e os efeitos das mudanças climáticas na população.

Espécie pode ficar maior que uma mão humana - Reprodução/The Guardian/ND

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Espécie pode ficar maior que uma mão humana – Reprodução/The Guardian/ND

Animais só vivem em um vulcão inativo  - Reprodução/The Guardian/ND

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Animais só vivem em um vulcão inativo – Reprodução/The Guardian/ND

O oficial de projetos de espécies ameaçadas do NPWS, Adam Fawcett, em fala ao portal inglês The Guardian, comentou que, graças ao aplicativo, os pesquisadores puderam ver como a lesma rosa gigante se recuperou e como elas seriam capazes de identificar comportamentos únicos ao longo do tempo.

“Em dois locais, recebemos cerca de 200 lesmas por vez. Eu fico muito animado, fico louco tirando foto. Adoro quando você os vê fazendo algo diferente. Você simplesmente não sabe para onde olhar. É bem impressionante.”, explicou Adam.

Não está totalmente claro como eles sobreviveram aos incêndios, mas a teoria mais aceita pelos pesquisadores seria que eles penetraram profundamente em fendas rochosas ou em locais subterrâneos o suficiente para se protegerem do calor.

O parque também abriga 11 espécies de caracóis ameaçadas, incluindo o caracol alado kaputar, o caracol cata-vento nandewar e o caracol carnívoro nandewar.

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