Advogado diz que não vai mais representar Meta: ‘Machismo tóxico e a loucura neo-nazista’


Mark Lemley, representava a empresa de Zuckerberg em caso envolvendo direitos autorais sobre IA generativa; defensor declarou também que vai desativar o Threads e que não vai mais comprar nada vindo de anúncios do Instagram ou Facebook. Mark Zuckerberg anunciou o fim da checagem independente de fatos no Facebook e Instagram.
Reuters via BBC
Mark Lemley, advogado que representa a Meta em caso envolvendo direitos autorais sobre IA generativa, disse que não vai mais representar a companhia após quinada de Mark Zuckerberg em direção ao “machismo tóxico e loucura neo-nazista”.
“Demiti a Meta como cliente. Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais sobre IA generativa, na qual os representei, e espero que vençam, não posso, de boa consciência, continuar a ser o advogado deles”, disse Lemley em seu perfil na rede social que rivaliza com o X, de Elon Musk, Bluesky, na segunda-feira (13).
Lemley, que também é professor de direito na Universidade de Stanford, uma das mais prestigiadas dos EUA, também disse que vai desativar a sua conta no Threads e recomendou o Bluesky como uma rede social alterativa ao X, de Elon Musk.
Ele declarou também que não irá mais comprar nada vindo de anúncios do Facebook ou Instagram, “para garantir que o Facebook não receba crédito pela compra”.
As declarações do jurista acontecem após o Zuckerberg anunciar na terça-feira (7) grandes mudanças na sua política de moderação de conteúdo nos EUA.
As alterações incluem o encerramento do programa de verificação de checagem de fatos e a adoção de notas de comunidade e foram alvo de críticas de especialistas que temem um aumento significativo da circulação de desinformação e discurso de ódio nas redes sociais da empresa.
Além disso, o CEO da Meta disse que sente falta de “energia masculina” em uma sociedade que ficou “neutra”, em um podcast que foi ao ar na última sexta-feira (10).
Veja a declaração completa de Mark Lemley:
Eu tenho lutado com a forma de responder à descida de Mark Zuckerberg e do Facebook para o machismo tóxico e a loucura neo-nazista. Embora tenha pensado em abandonar o Facebook, encontro grande valor nas conexões e amigos que tenho aqui, e não parece justo que eu deva perder isso.
Após refletir, decidi continuar no Facebook. Mas estou fazendo as seguintes três coisas:
Desativei minha conta no Threads. O Bluesky é uma alternativa excelente ao Twitter, e a última coisa que preciso é apoiar um site parecido com o Twitter administrado por um aspirante a Musk.
Não comprarei mais nada dos anúncios que vejo no Facebook ou Instagram. O algoritmo deles já tem meu número, e eu regularmente comprei coisas que me mostram. Mas, no futuro, irei diretamente ao site para garantir que o Facebook não receba crédito pela compra.
Demiti a Meta como cliente. Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais sobre IA generativa, na qual os representei, e espero que vençam, não posso, de boa consciência, continuar a ser o advogado deles.
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