Ministro encara fusão da Gol e da Azul como ‘federação partidária’ e diz que não vai permitir aumento de tarifa


Na quarta-feira (15), as empresas anunciaram um memorando de intenção para realizar uma fusão. Com a medida, as empresas vão controlar 60% do mercado de aviação civil nacional. Aviões da Azul e da Gol
Ministério da Saúde/Divulgação e Celso Tavares/G1
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta quinta-feira (16) que encara a possível fusão das companhias aéreas Gol e Azul como uma “federação partidária”, com manutenção de autonomia financeira e governança.
Na quarta-feira (15), as empresas anunciaram um memorando de intenção para realizar uma fusão. O negócio depende de aval da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Em Ponto entrevista: ministro Silvio Costa Filho
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Com a fusão, as empresas vão controlar 60% do mercado de aviação civil nacional.
De acordo com o ministro, a pasta não vai permitir o incremento no preço das passagens aéreas. “Tanto Anac quanto ministério, todo nosso conjunto vai estar vigilante em relação ao preço da passagem aérea, para que isso não aconteça [o aumento]”, disse em conversa com jornalistas.
Costa Filho disse que o governo não vai aceitar aumentos abusivos, mas ressaltou que o governo não pode intervir no preço da passagem. “A gente espera que possa haver solidariedade das companhias em relação aos preços, que é o que tem acontecido”, disse.
O ministro disse ainda que a possível fusão pode levar a um aumento no número de destinos, transferindo aviões que se sobreponham em alguns destinos atendidos por ambas as empresas, Azul e Gol.
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