Kamala Harris diz ter arrecadado R$ 200 mi em 24 horas após anúncio de vice, maior valor isolado das eleições nos EUA


Valor, de forma isolada, é maior que o recorde de arrecadação que a vice-presidente conseguiu em julho, o dobro do arrecadado pelo rival Donald Trump. EUA não têm fundo partidário, e siglas dependem de doações para fazer campanha. Vice-presidente Kamala Harris e o governador de Minnesota, Tim Walz, em comício de campanha em 6 de agosto de 2024.
REUTERS/Elizabeth
A campanha da candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, afirmou nesta quarta-feira (7) ter arrecadado US$ 36 milhões (cerca de R$ 201 milhões) durante as 24 horas depois do anúncio do vice na chapa de Harris.
O valor, de forma isolada, é o maior já arrecado pela campanha democrata na corrida à Casa Branca este ano.
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Na terça-feira (6), Harris anunciou ter escolhido o governador de Minnesota, Tim Walz, para ser seu vice nas eleições presidencias, que acontecem em novembro deste ano.
Em julho, após ser indicada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, para se tornar candidata após Biden desistir de concorrer à reeleição, Harris bateu recorde de arrecadação do Partido Democrata neste ano e levantou US$ 310 milhões para a sigla (cerca de R$ 1,73 bilhões), sendo US$ 200 milhões (cerca de R$ 1,1 bilhão) desse total apenas na primeira semana.
O montante foi mais do que o dobro que o arrecadado pelo candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, no mesmo período.
Nos Estados Unidos, não há nem um fundo partidário nem horário eleitoral gratuito nas TVs locais, como ocorre no Brasil. Todos os anúncios de campanha são pagos. Por isso, os candidatos dependem fortemente das doações privadas de campanha.
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Escolha de Tim Walz
Tim Walz, apresentado como vice de Kamala Harris, é visto como progressista
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, escolheu na terça-feira (6) o governador de Minnesota para ser o vice de sua chapa presidencial nas eleições. O nome de Walz foi confirmado pela própria Kamala, que se tornou candidata à presidência pelo Partido Democrata após a desistência de Joe Biden da disputa pela sua reeleição.
Cumprindo o segundo mandato à frente do governo de Minnesota, Walz é próximo a sindicatos, já defendeu o direito ao aborto e vem aplicando uma série de políticas progressistas no estado. Ele garantiu refeição gratuita a estudantes escolares, estabeleceu metas para enfrentar as mudanças climáticas, cortou impostos da classe média e defendeu proteção ao direito ao aborto no estado.
No entanto, o governador, que cresceu em uma fazenda no Nebraska, também é popular entre camadas brancas e rurais de Minnesota e já defendeu posturas mais conservadoras em questões como a posse de armas, apesar de também ajudar a promulgar uma ambiciosa agenda democrata em Minnesota, de maioria conservadora.
Por isso, ao escolher Walz, Harris confirma a busca por votos no centro-oeste e nos chamados estados pêndulos — estados que variam o voto a cada eleição e considerados determinantes para o resultado final. Apesar de não ser um estado pêndulo, Minnesota está perto de dois deles.
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