Ferraz de Vasconcelos está em situação de seca extrema, aponta Cemaden

Ainda de acordo com a pesquisa do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, que monitora a estiagem pelo país, todas as cidades do Alto Tietê estão sob alguma classificação de seca. Ferraz de Vasconcelos está em situação de seca extrema, segundo dados do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), ligado ao governo federal, que monitora a estiagem pelo país.
Ainda de acordo com a pesquisa, todas as cidades do Alto Tietê estão sob alguma classificação de seca (veja mais detalhes abaixo). O levantamento mostra ainda que mais de mil cidades em todo o Brasil estão vivendo sob uma seca severa ou extrema.
🔥 O ano de 2023 foi de recordes de calor e com chuva abaixo da média, reflexo do El Niño e do aquecimento dos oceanos. O fenômeno já acabou, mas seus efeitos continuam: os primeiros seis meses do ano foram de recorde de calor e a chuva ficou abaixo da média na maior parte do país.
➡️ Tudo está interligado. A falta de umidade pela seca que castigou a região Norte no ano passado, tem um efeito cascata: a umidade que deveria estar no Norte e que seria transportada para o resto do país deixou de existir. Com isso, a seca se alastrou (entenda mais abaixo).
O monitoramento classifica as cidades em quatro categorias de seca: extrema, severa, moderada e fraca (veja no mapa abaixo). As classificações extrema e severa são as mais altas da escala. Apesar de todas as cidades estarem sob alguma classificação de seca, somente Salesópolis está em situação de seca fraca.
As cidades da região estão classificadas da seguinte forma:
Arujá: seca moderada;
Biritiba Mirim: seca moderada;
Ferraz de Vasconcelos: seca severa;
Guararema: seca moderada;
Itaquaquecetuba: seca moderada;
Mogi das Cruzes: seca moderada;
Poá: seca moderada;
Salesópolis: seca fraca;
Santa Isabel: seca moderada;
Suzano: seca moderada.

Por que isso está acontecendo e o que podemos esperar?
➡️ Você pode se perguntar: os meteorologistas anunciaram o fim do El Niño em junho, por que então ainda estamos vivendo seca?
A resposta continua sendo o fenômeno, que se somou a outros fatores como as águas mais quentes do oceano e as mudanças climáticas, que aqueceram mais as cidades. Com isso, sua intensidade ganhou outras potências e a previsão é de que ainda vamos ouvir sobre suas consequências por algum tempo.
➡️ O Norte do país é importante para definir a umidade e a chuva pelo Brasil por causa da Amazônia. Ela funciona como um grande bolsão de umidade, que chega do oceano pela Foz do Amazonas e circula pela Amazônia, que empurra esse ar úmido para o restante do país.
Sem isso, o país enfrentou um longo período de estiagem e não conseguiu se recuperar. Isso faz com que a seca que estamos vivendo agora seja mais intensa e extensa.
“O país não conseguiu se recuperar da estiagem do ano passado, já que não teve chuva ou umidade que pudesse minimizar os impactos. O Norte já está sendo muito afetado de novo e nosso sistema é interligado. Ou seja, isso vai afetar o restante do país”, afirma a especialista em secas do Cemaden, Ana Paula Cunha.
Agora, o cenário pode mudar com a chegada da La Niña, que tem o efeito contrário do El Niño, e pode reforçar a formação de chuva e minimizar a estiagem pelo país.
➡️ No entanto, ela deve começar em agosto e para que tenha impactos significativos precisa ser intensa.
Ainda assim, a previsão é de que, com a sua chegada, a situação só seria minimizada em seis meses.
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