Coreia do Norte mostra pela primeira vez instalações de enriquecimento de urânio


Líder do país, Kim Jong Un, visitou as instalações nucleares. Imagens foram divulgadas pela agência de notícias estatal nesta sexta (13). Kim visitou o Instituto de Armas Nucleares e a “base de produção de materiais nucleares para armamento”
Korean Central News Agency/Korea News Service via AP
A imprensa oficial da Coreia do Norte publicou nesta sexta-feira (13) pela primeira vez imagens de uma usina de enriquecimento de urânio durante uma visita às instalações nucleares do líder Kim Jong Un. Segundo a Agência France-Presse (AFP), essas usinas produzem o urânio enriquecido necessário para armamento nuclear.
Kim visitou o Instituto de Armas Nucleares e a “base de produção de materiais nucleares para armamento”, segundo informou a agência de notícias estatal KCNA, sem fornecer detalhes sobre o local exato ou a data do evento.
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Durante a inspeção, o líder da Coreia do Norte “se familiarizou com a produção de ogivas e materiais nucleares”, relatou a KCNA, que publicou imagens dele ao lado de centrífugas de urânio.
De acordo com o relatório da KCNA, a planta “produz de forma dinâmica materiais nucleares por meio do estudo, desenvolvimento e introdução de todos os elementos do sistema”.
Kim incentivou os responsáveis pela instalação a “avançarem na introdução de um novo tipo de centrífuga (…) para reforçar as bases de produção de materiais nucleares para armas”.
Coreia do Norte mostra pela primeira vez instalações de enriquecimento de urânio
Korean Central News Agency/Korea News Service via AP
Ele também ressaltou “a necessidade de estabelecer um objetivo mais elevado a longo prazo na produção de materiais nucleares”.
O programa nuclear da Coreia do Norte, prioridade para a dinastia Kim, que domina o país há décadas, está proibido pelas sanções das Nações Unidas.
No entanto, ele tem conseguido contornar essas restrições, em parte graças ao apoio de aliados como Rússia e China, realizando até hoje seis testes nucleares. O primeiro teste do país aconteceu em 2006.
Alguns especialistas apontam que a publicação repentina dessas imagens pode estar relacionada às eleições presidenciais dos Estados Unidos em novembro.
É “uma mensagem para a próxima administração de que é impossível desnuclearizar a Coreia do Norte”, opinou Hong Min, analista do Instituto para a Unificação Nacional da Coreia. No entanto, é pouco provável que essas revelações sejam acompanhadas por um novo teste nuclear em breve, informou a agência.
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