Homem é preso por matar irmão e queimar o corpo para não pagar dívida no ES


Crime ocorreu em Montanha, no Norte do Espírito Santo. Segundo a Polícia Militar, José de Jesus, de 55 anos, confessou que deu uma machada no irmão Antônio de Jesus enquanto ele estava dormindo. Homem mata irmão após discussão por dívida em Montanha
Um homem de 55 anos foi preso nesta quinta-feira (28) após confessar que matou o próprio irmão com um golpe de machado enquanto a vítima dormia em Montanha, no Norte do Espírito Santo. Segundo a Polícia Militar, José de Jesus também queimou o corpo de Antônio de Jesus para ocultar o crime, cometido por causa de uma dívida de R$ 2,3 mil que ele tinha com o irmão.
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Segundo a polícia, o crime aconteceu na madrugada do dia 21 de novembro, mas foi descoberto somente nesta quinta-feira, porque José também foi à delegacia para registrar o desaparecimento do irmão e foi questionado pelos militares devido às contradições nas informações passadas.
Antônio de Jesus foi morto com uma machadada no pescoço dada pelo irmão, em Montanha, Norte do Espírito Santo
Reprodução
O assassino foi conduzido à Delegacia de Polícia de Nova Venécia, onde foi autuado em flagrante por latrocínio e ocultação de cadáver. Em seguida, ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória.
A ossada do corpo de Antônio de Jesus foi encaminhada para a Seção Regional de Medicina Legal (SML), da Polícia Científica, em Linhares, para ser necropsiada.
Entenda o crime
Segundo informações da Polícia Militar, Antônio, que morava em Pedro Canário, também no Norte do estado, foi visitar o irmão de moto no dia 20 de novembro e disse aos familiares que cobraria o pagamento de uma dívida de R$ 2,3 mil que José tinha com ele. No entanto, ele não retornou para casa mais.
No dia seguinte à visita, José foi à casa do Antônio em um táxi e levou uma TV, um ventilador e uma botija de gás. Na ocasião, o homem disse aos familiares que o irmão havia decidido permanecer em Montanha.
José de Jesus foi à casa do irmão, Antônio de Jesus, um dia após matá-lo em Montanha, no Norte do Espírito Santo
Reprodução
Com os familiares não conseguiram mais contato com Antônio, eles registraram um Boletim de Ocorrência (BO) sobre desaparecimento dele na Polícia Civil.
No mesmo momento em que um familiar fazia o relato na delegacia, o suspeito chegou para relatar o desaparecimento do irmão porque estava sofrendo pressão de familiares. Na ocasião, o assassino relatou que viu o irmão pela última vez quando ele saiu para pescar e depois montou na moto. A vítima teria seguido em direção à Montanha e depois iria voltar para Pedro Canário.
Diante do relato de José de Jesus, um investigador observou as câmeras de monitoramento que mostram os acessos da cidade e a vítima ou a moto não foram vistas em nenhum momento.
O homem, então, foi confrontado pela parente e pelos policiais na delegacia. Equipes foram até a propriedade rural onde o suspeito mora e percebendo que seria descoberto, ele confessou que tirou a vida do irmão. Logo depois, os militares encontraram os restos mortais da vítima na área do quintal.
Segundo o indivíduo, o irmão esteve na casa dele e após discutirem sobre a dívida, ele pediu ao irmão que dormisse ali e que no outro dia iriam conversar. Na madrugada do dia 21, aproveitando que a vítima estava deitada, ele cometeu o crime.
Machado usado para matar Antônio de Jesus em Montanha, no Espírito Santo
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José de Jesus confessou ainda que enrolou o corpo do irmão em um lençol, jogou em um buraco e ateou fogo com o objetivo de esconder os restos mortais de Antônio.
Assassino esperou irmão dormir
O capitão da Polícia Militar Ailton Novais disse que o crime chama atenção devido a crueldade.
José de Jesus, de 55 anos, matou o irmão a machadada e queimou o corpo para ocultar o crime, que aconteceu em Montanha, no Norte do Espírito Santo.
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“Após matar, ele enrolou o corpo em um lençol e jogou em um buraco que tinha na propriedade para jogar lixo. Ele começou a queimar o corpo do irmão na madrugada e ficou o dia todo alimentando o fogo com querosene para ter certeza que iria desaparecer o vestígio do crime que ele cometeu”, finalizou.
Segundo o capitão, José de Jesus não demonstrou o arrependimento do irmão.
“Ele conta com uma naturalidade que parece ser uma coisa normal, corriqueira. O registro que de desaparecimento que ele faria, seria o ‘grand finale’… Porque assim ele demonstraria preocupação com o irmão que ele mesmo ceifou a vida”, finalizou.
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