Castro diz que Itamaraty deveria ameaçar cortar relações com países que não ‘fazem o acompanhamento’ de armas e drogas que chegam ao Brasil


Governador disse que não apenas os portos e estradas precisam ser fiscalizados, mas que o Itamaraty deveria ter uma “postura dura” com países que tem como origem as armas contrabandeadas para o Brasil. Claudio Castro critica Itamaraty em coletiva de imprensa
Reprodução/GloboNews
Cláudio Castro, governador do Estado do Rio de Janeiro, fez críticas ao Ministério das Relações Exteriores em coletiva realizada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) na tarde desta segunda (15).
Citando a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que não foi renovada pelo Governo Federal no começo de junho, o governador disse que não apenas os portos e estradas precisam ser fiscalizados, mas que o Itamaraty deveria ter uma “postura dura” com países que tem como origem as armas contrabandeadas para o Brasil.
“Essas armas quando saem do Leste Europeu e Estados Unidos, vem para cá e chegam em países da América do Sul, elas perdem o acompanhamento que tem. Infelizmente, o Brasil ainda não teve uma postura dura como tem que ter nesses países. Inclusive, ameaçando romper relações com quem não faz todo o acompanhamento dessas armas. Quem sofre é o povo que está aqui. Eu acho que o Itamaraty, aí sim, deveria estar fazendo uma crítica dura, já que eles gostam de criticar, deveriam estar fazendo uma crítica dura a esses países que mandam armas e drogas pra cá”, afirma.
A coletiva também tratou do vazamento da operação realizada desde a manhã de segunda-feira (15), 10 comunidades de 6 bairros da Zona Oeste do Rio. Criminosos usaram as redes sociais para alertar sobre a operação cujo objetivo é a retomada de territórios e coibir as disputas entre traficantes e milicianos na região.
Segundo o Governo do Estado, a operação foi idealizada e pautada por informações de inteligência e definida por informações sobre os casos de crimes nessas regiões. A Zona Oeste do Rio tem sido alvo de intensas disputas territoriais por parte de traficantes e milicianos.
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