Jovem com a ‘pior dor do mundo’ recebe o título de ‘guardiã da esperança’ da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor


Caso de Carolina Arruda ganhou repercussão após compartilhar que convive há 11 anos com neuralgia do trigêmeo. Segundo o médico Carlos Marcelo de Barros, presidente da SBED, o título é um reconhecimento pela visibilidade que ela trouxe aos brasileiros que sofrem com dores crônicas. Carolina Arruda recebeu título de “Guardiã da Esperança na luta contra a dor”
Carolina Arruda/Arquivo Pessoal
A Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED) concedeu para Carolina Arruda o título de Guardiã da Esperança na luta contra a dor”.
Aos 27 anos, a jovem ganhou destaque na imprensa brasileira ao compartilhar o sofrimento que enfrenta há 11 anos devido à neuralgia do trigêmeo, condição conhecida por causar a “pior dor do mundo”.
Segundo o médico Carlos Marcelo de Barros, presidente da SBED, o título é um reconhecimento pela visibilidade que Carolina trouxe aos brasileiros que sofrem com dores crônicas, mostrando que há esperança para aliviar cada caso.
“Carolina deu voz aos milhares de pacientes brasileiros, que como ela, sofrem diariamente e perdem qualidade de vida por conta de dores crônicas. Portanto, achamos justo conceder a ela o título de guardiã da esperança na luta contra. dor. É isso que ela representa para todos nós neste momento, esperança”, disse.
Carolina está internada na Santa Casa de Alfenas, onde está sendo submetida a uma série de protocolos que visam diminuir as dores que ela sente. Todo tratamento será gratuito e está sob responsabilidade do médico, Carlos Marcelo de Barros. Saiba como será o tratameto.
“Eu sei o quanto é triste e solitário sofrer com dor cônica e poder dar visibilidade a isso me deixa muito feliz”, disse a jovem.
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Veja a nota publicada pela SBED:
“Temos a honra de reconhecer a bravura e a determinação de Carolina Arruda, concedendo a ela o título de Guardiã da Esperança por sua incrível jornada e por dar voz a milhões de pacientes com dor crônica.

⭐️ Carolina, com sua ação corajosa, expôs seu sofrimento e sensibilizou a sociedade para um grave problema de saúde pública. Sua luta e determinação trouxeram à luz a realidade de muitos que enfrentam a dor crônica diariamente.
Seu exemplo de coragem e resiliência é um farol de esperança para todos nós. 🙏
✅ Na SBED, estamos comprometidos com a aprovação do Projeto de Lei 336/24, conhecido como Brasil Sem Dor, e da lei 2250/2024 na ALMG que representam um marco na nossa luta por um futuro onde a dor crônica seja compreendida e tratada com a seriedade que merece.
Carolina, você é uma inspiração. Agradecemos por sua força e por ser uma voz poderosa em nossa comunidade”.
Carolina está internada na Santa Casa de Alfenas, onde está sendo submetida a uma série de protocolos
Carolina Arruda/Arquivo pessoal
A história de Carolina
Jovem que tem doença com a pior dor do mundo relata rotina
Carolina Arruda mora em Bambuí, no Centro-Oeste de Minas Gerais, e é estudante de medicina veterinária.
Casada há três anos e mãe de uma menina de 10, Carolina começou a sentir as dores aos 16 anos, quando estava grávida e se recuperava de dengue.
“A primeira dor veio quando estava sentada no sofá da casa da minha avó, tinha acabado de me recuperar de uma dengue. Era uma dor forte, fora do comum. Eu gritava e chorava. Tentei explicar o que era, mas não conseguia palavras porque nunca tinha sentido uma dor tão absurda. A princípio achei que seria uma dor de cabeça em decorrência da dengue”, relembrou.
O diagnóstico que Carolina Arruda sofre da “pior dor do mundo’ foi feito há 7 anos pelo neurocirurgião Marcelo Senna, que tem mais de 30 anos de experiência com a neuralgia do trigêmeo.
O que é a neuralgia do trigêmeo?
A neuralgia do trigêmeo, também conhecida como a “doença do suicídio”, e comparada a choques elétricos e até a facadas. O trigêmeo é um dos maiores nervos do corpo humano. Ele leva esse nome porque se divide em três ramos:
o ramo oftálmico;
o ramo maxilar, que acompanha o maxilar superior;
o ramo mandibular, que acompanha a mandíbula ou maxilar inferior.
Ele é um nervo sensitivo, ou seja, que controla as sensações que se espalham pelo rosto. Permite, por exemplo, que as pessoas sintam o toque, uma picada e a dor no rosto.
A doença normalmente atinge um lado do rosto. Em casos mais raros, pode atingir os dois — como é o caso da estudante de veterinária.
Segundo os especialistas, a dor causada pela doença é uma das piores do mundo. Ela não é constante fora das crises, mas é disparada por alguns gatilhos que, na verdade, fazem parte da vida cotidiana como falar, mastigar, o toque durante a escovação ou barbear e até com a brisa do vento sobre o rosto.
A dor é incapacitante. Ou seja, impede que a pessoa consiga fazer atividades simples do dia a dia.
Carolina Arruda tem neuralgia do trigêmeo
Carolina Arruda/Arquivo pessoal
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