Quatorze anos após o crime, agente penitenciário é condenado a mais de 6 anos de prisão por matar adolescente na véspera do ano novo em MG

Tiago Lucas Ferreira foi condenado por homicídio doloso após o adolescente Rafael Marques de Oliveira, com 16 anos à época, morrer atingido pelo disparo do agente penitenciário em Uberlândia, em dezembro de 2010. O adolescente estava soltando bombinhas com outras crianças, quando foi atingido. O agente penitenciário Tiago Lucas Ferreira foi condenado a 6 anos e 6 meses de prisão pela morte adolescente Rafael Marques de Oliveira. O crime ocorreu em frente ao Presídio Professor Jacy de Assis, em Uberlândia, em dezembro de 2010, na véspera de Réveillon.
O julgamento ocorreu no Fórum de Uberlândia nesta quarta-feira (17), 14 anos após crime.
De acordo com o advogado de Tiago Lucas, Onório Caixeta, a defesa não recorrerá da decisão por se dar por satisfeita com o resultado do júri.
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Segundo a Polícia Civil, que indiciou Tiago Lucas por homicídio doloso, Rafael soltava bombinhas em frente de casa com outras crianças, quando foi atingido por um tiro, por volta das 21h.
De acordo com o processo, Tiago Lucas “agindo em ato de livre vontade e por motivos não esclarecidos”, desferiu disparos de arma de fogo contra a vitima Rafael Marques de Oliveira causando-lhe a morte por hemorragia interna aguda no abdômen.
O jovem foi socorrido e levado para a Unidade de Atendimento Integrado (UAI) do Bairro Morumbi, mas chegou a unidade sem vida.
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Provas contra Tiago
A suspeita inicial na investigação foi a de que o disparo partiu de uma das guaritas do presídio. Todas as armas que estavam com os agentes que trabalhavam naquela noite foram periciadas.
Após o crime, Tiago Lucas registrou um boletim de ocorrência na Delegacia de Morrinhos (GO) do furto de um revólver pessoal.
Tiago foi indiciado depois que provas apontaram indícios de autoria após a realização de perícia, reconstituição, laudos e provas testemunhais. O registro de ocorrência do furto também foi inserido nos autos.
Julgamento
O julgamento de Tiago Lucas começou na manhã de quarta-feira (17) e faz parte de um mutirão do Tribunal de Justiça (TJMG) com o Ministério Público (MPMG), a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) e a seccional mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MG).
O objetivo do mutirão é realizar 60 julgamentos em 15 dias úteis para reduzir o número de processos de crimes dolosos contra a vida pendentes de julgamento pelo Tribunal do Júri. Quem presidiu a sessão foi o juiz José Henrique Mallman.
Apesar da investigação, ainda não é claro o motivo do crime. Na audiência, o acusado falou que se assustou e pensou que o barulho dos fogos eram tiros. Várias testemunhas foram ouvidas.
O julgamento terminou por volta das 15h30.
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