Tocantins tem 166 casos de leishmaniose em 2024; maioria é de cidades das regiões central e do Jalapão


De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES), houve queda nos dados da leishmaniose dos tipos visceral e tegumentar. Números são do primeiro semestre do ano em comparação com 2023. Mosquito palha é o responsável por transmitir a doença
SES/Governo do Tocantins
Os números de diagnósticos da leishmaniose dos tipos visceral, popularmente conhecida como calazar, e tegumentar, tiveram redução no Tocantins em 2024, em comparação com o ano passado. No total, foram 166 casos da doença e os dados são referentes ao primeiro semestre. A maior parte foi identificada na região de saúde Capim Dourado, composta por cidades do centro do estado e do Jalapão.
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De acordo com informe epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), de janeiro a junho foram identificados 25 casos da leishmaniose visceral neste ano. Um paciente morreu na cidade e Pium. Do total, 40% é da região Capim Dourado. Em 2023, houve 42 casos.
Para a o tipo tegumentar da doença, a queda é de 4,1% com relação ao mesmo período de 2023. No ano passado houve 146 casos e neste ano, 141. Do total em 2024, 87,2% dos pacientes apresentou a forma cutânea da doença e 12,8%, forma mucosa.
A região Capim Dourado teve 32,6% dos casos, seguido do Bico do Papagaio (13,5%), médio norte Araguaia (13,5%), Cantão (10,6%), Sudeste (9,2%), Ilha do Bananal (7,8%), Amor Perfeito (7,1%) e cerrado Tocantins Araguaia (5,7%),
A SES destacou que a leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos, ou seja, que se alimentam com sangue. Entre eles está o mosquito palha, que pode picar cães, que também podem sofrer com a doença causada por protozoário, e em seguida atingir os humanos.
Na forma tegumentar, o paciente pode ter feridas na pele, principalmente nas partes que ficam descobertas do corpo. Já a visceral, ou calazar, pode atingir órgãos internos como o fígado, baço e a medula óssea.
O tratamento é feito com medicamentos e acompanhamento profissional que pode ser feito gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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Ações
O biólogo em saúde e responsável pela área técnica das leishmanioses da SES, Julio Bigeli, explicou que a pasta tem ações para intensificar o combate à leishmaniose. “Realizamos, no primeiro semestre, a capacitação “8 toques para a leishmaniose” para qualificação das práticas de assistência à saúde de médicos e enfermeiros, que atuam sobretudo na atenção primária dos municípios, já que essa deve ser a porta de entrada para os pacientes com leishmanioses no SUS”, afirmou.
Ainda conforme o biólogo, as equipes também atuam no processo de descentralização do diagnóstico da leishmaniose visceral por meio do teste rápido para a atenção primária. “O intuito é que esse serviço esteja disponível aos pacientes nas unidades básicas de saúde, o que permite ter um diagnóstico mais precoce da doença, e por consequência, seu tratamento oportuno”, destacou.
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