Pai de jogador da seleção de futebol da Venezuela é detido em onda de prisões no país

Pai do jogador Jhon Chancellor é ex-prefeito do município de Sifontes e opositor de Maduro. Ele foi interceptado em uma blitz policial nesta quinta-feira (7). A família diz não saber sobre seu paradeiro. Zagueiro Jhon Chancellor, da seleção da Venezuela.
Reprodução/redes sociais
O pai do zagueiro Jhon Chancellor, que defendeu a seleção da Venezuela na última Copa América, foi detido nesta quarta-feira (7) em meio à onda de prisões no país vinculadas aos protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro, informou um familiar à agência de notícias AFP.
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Ex-prefeito do município de Sifontes, ao sul venezuelano, Carlos Chancellor foi interceptado em uma blitz policial na rodovia quando se dirigia para a cidade de Barcelona, 300km a leste da capital Caracas, informou um de seus filhos, Juan Chancellor. Chancellor é um político opositor de Maduro.
“Não sabemos onde ele está”, comentou Juan.
Mais de 2.200 detenções foram registradas no país sul-americano, segundo Maduro, após a eclosão de protestos contrários à proclamação do governante chavista como vencedor das eleições de 28 de julho, que a oposição denuncia como fraude. Os protestos, reprimidos pela polícia e pelas Forças Armadas venezuelanas, já somam ao menos 24 mortes e dezenas de feridos.
Carlos Chancellor, de 64 anos, esteve preso por cinco anos e sete meses por acusações de “instigação à prática de crime e obstrução de vias públicas” após protestos de trabalhadores do setor da mineração durante o governo do finado Hugo Chávez. O político também foi detido em outras ocasiões e posteriormente liberado. Não se sabe quais acusações ele enfrentará nesta prisão.
Jhon Chancellor acabou de assinar contrato com o clube equatoriano Universidad Católica, que suspendeu a entrevista coletiva de apresentação do zagueiro de 32 anos, prevista para esta quarta-feira.
John jogou no Brasil entre 2022 e 2023, quando defendeu o Coritiba. Ele também tem ampla trajetória no exterior, que inclui passagens por equipes da Rússia e da Itália. Ele é um nome constante nas convocações da seleção venezuelana, pela qual disputou 37 partidas e marcou três gols.