Casos de dengue aumentam 1.167% no primeiro semestre de 2024 na região Oeste do Pará


Especialistas apontam lixo acumulado como principal foco do mosquito transmissor da dengue no Pará. Mosquito Aedes aegypti transmite vírus que causa dengue, zika e chikungunya
Reprodução/TV Globo
Na região oeste do Pará, o primeiro semestre de 2024 registrou um aumento de 1.167% nos casos de dengue, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram confirmados 150 casos de janeiro a junho, enquanto que este ano o número saltou para 1.901 casos.
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Para combater o aumento dos casos de dengue, os agentes de endemias intensificaram as ações de fiscalização e conscientização. As visitas domiciliares, a busca ativa por focos do mosquito e as campanhas educativas têm sido fundamentais para alertar a população sobre a importância de eliminar os criadouros do Aedes aegypti.
Segundo o coordenador de arboviroses de Santarém, Edvan Silva, a falta de cooperação da população tem sido um fator determinante para o aumento dos casos.
“O mosquito só se prolifera se houver depósitos de água. O alto volume de lixo, entulhos e recipientes acumulados nos quintais das residências são os principais locais onde encontramos focos. Garrafas PET, recipientes de bebidas e eletrodomésticos descartados de forma inadequada acumulam água da chuva, criando o ambiente ideal para o mosquito”, alerta Edvan.
Ainda de acordo com Edvan Silva, o trabalho do agente de endemias tem sido constante, contínuo, de educação em saúde e prevenção, levando todas as informações para a população.
“Nos períodos chuvosos, notamos que muitas vezes a população não assimila a orientação de não jogar lixo na rua ou em terrenos baldios. Enfrentamos resistência, com alguns moradores não permitindo a entrada dos profissionais de saúde, que estão ali para educar e esclarecer dúvidas sobre a prevenção da proliferação do Aedes aegypti.”
A conscientização e colaboração da comunidade são muito importantes para controlar a epidemia. Durante o verão intenso, a vigilância deve ser constante para evitar que chuvas isoladas provoquem uma nova proliferação do mosquito
“Estamos em uma região endêmica por natureza geográfica. O controle do vetor depende da ajuda da população. Sem isso, é impossível controlar a situação.”, conclui Edvan.
É importante seguir as seguintes dicas para ajudar a eliminar os mosquitos transmissores: manter caixas d’água bem tampadas, eliminar água acumulada em recipientes e descartar o lixo de forma correta. Esses cuidados podem fazer uma grande diferença na luta contra a dengue.
*Colaborou Carlo Brendolly, da produção de jornalismo da Tv Tapajós
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