Primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu discursa no Congresso americano nesta quarta


O discurso acontece em um momento de pressão por conta da guerra na Faixa de Gaza e protestos à frente do Capitólio eclodiram ao longo do dia. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocou um gabinete de guerra para discutir o ataque do Irã
Reuters
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, discursa no Congresso dos EUA nesta quarta-feira (24). O discurso acontece em um momento de pressão por conta da guerra na Faixa de Gaza e protestos à frente do Capitólio eclodiram ao longo do dia.
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Netanyahu tentará reforçar o apoio dos EUA a Israel no contexto da guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Os israelenses também têm tensões com outros grupos ligados ao Irã, como o Hezbollah e os Houthis.
No entanto, o premiê israelense enfrenta resistência de alguns grupos de americanos. Sua fala ao Congresso é marcada por protestos no entorno do Capitólio e dentro dos gabinetes dos congressistas. Ao mesmo tempo em que Netanyahu busca apoio para sua incursão militar em Gaza, democratas boicotaram o evento em protesto contra a crise humanitária vivida pelos palestinos. Em abril e maio, manifestantes pró-Palestina realizaram protestos em universidades do país inteiro.
Dentro do Capitólio, também há resistência: mais de 30 democratas da Câmara dos Deputados e do Senado planejam não comparecer ao discurso de Netanyahu, segundo a rede americana “NBC News”.
De acordo com o “New York Times”, cerca de 100 estagiários de deputados e senadores do Partido Democrata faltaram ao expediente alegando estarem doentes nesta quarta. Em nota, os funcionários, estagiários, pediram a seus chefes para boicotarem o discurso do premiê.
Antes da fala no Congresso, Netanyahu foi recebido por Mike Johnson, presidente da Câmara dos Deputados, Chuck Schumer, líder democrata no Senado, o deputado Hakeem Jeffries, e o senador Mitch McConnell.
A visita do dirigente israelense a Washington ocorre em um momento de agitação política nos Estados Unidos, com a tentativa de assassinato de Donald Trump, a desistência de Joe Biden da corrida à Casa Branca e a entrada de Kamala Harris na disputa, candidata democrata quase certa às eleições de novembro contra o magnata republicano.
“Vou dizer aos meus amigos de ambos os lados que, independentemente do próximo presidente eleito pelo povo americano, Israel continua sendo o aliado forte e indispensável dos Estados Unidos no Oriente Médio”, disse Netanyahu antes de iniciar a viagem.
Enquanto está nos EUA, Netanyahu vai se encontrar com o presidente Joe Biden e com Kamala Harris, a vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca. O premiê também vai se encontrar com Donald Trump.
Protestos
Manifestantes pró-palestinos levam fantoche de Bejamin Netanyahu coberto de sangue e com chifres às ruas de Washington
Nathan Howard/Reuters
“Nós pedimos os nossos representantes a responder à vontade coletiva do povo americano e rejeitar qualquer sombra de endosso às ações de Netanyahu”, diz o manifesto dos funcionários.
A ausência mais notória é da vice-presidente Kamala Harris — nos EUA, o vice também desempenha o papel de presidente do Senado. O senador democrata Bernie Sanders também não compareceu.
Já os republicanos demonstram apoio ao premiê israelense, mas o senador J.D. Vance, candidato republicano a vice-presidente, não está na capital americana. Ele afirma que está em agenda de campanha.
Fora da sede do Congresso, milhares de manifestantes organizam um protesto contra a morte de mais de 39 mil palestinos devido à ação militar de Israel em Gaza. Alguns grupos também criticam Netanyahu pela falha de seu governo em trazer de volta os israelenses sequestrados pelo Hamas nos ataques terroristas de 7 de outubro, que deixaram cerca de 1.200 mortos.
Na quinta-feira, Netanyahu deve se encontrar com Biden e Kamala Harris, e, na sexta-feira, ele deve ir a Mar-a-Lago para um encontro com Donald Trump.
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