Irmão matou PM a tiros após ser agredido por ele na frente da família, conclui polícia


Polícia Civil concluiu que Alexandre White não deu chances de defesa ao irmão. Ele continua preso de forma preventiva. Soldado Tiago White e a arma usada pelo irmão para matá-lo, em Uruaçu, Goiás
Reprodução/TV Anhanguera
A Polícia Civil indiciou Alexandre White Rodrigues Araújo por matar o irmão a tiros durante uma festa da família, em Uruaçu, no norte goiano. Durante a investigação, ele admitiu que agiu sem pensar após ser espancado pelo irmão. O soldado Tiago White celebrava a aprovação em um curso da Polícia Militar e o aniversário de 34 anos quando foi morto.
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O advogado Martiniano Neto, que representa Alexandre, disse ao g1 que as imagens e depoimentos colhidos pelo delegado foram suficientes para elucidar o caso. Disse também que Alexandre “está bastante consternado com o acontecido” e que ele “nunca quis tal resultado”.
O inquérito foi concluído na sexta-feira (19) e remetido ao Judiciário nesta segunda (23). O delegado Sandro Leal Costa considerou que Alexandre não deu chances de defesa à vítima e, ainda, atirou com uma arma de uso restrito, que era a arma usada por Tiago no trabalho. Ele continua preso de forma preventiva.
“Foi considerada a qualificadora uma vez que, cessadas as agressões físicas, o autor buscou a pistola institucional da vítima no quarto e partiu de encontro à vítima sem qualquer conversa ou discussão no caminho, desferindo dois disparos”, afirmou o delegado.
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Apesar disso, o inquérito também destaca que os irmãos eram unidos e ligados por bons laços afetivos e que, pelo que se pôde constatar, Alexandre agiu “sob o domínio de violenta emoção”.
“A vítima era reconhecida como amigo e protetor dos demais irmãos, sem queixas anteriores de comportamento agressivo no seio familiar. O autor era caracterizado como pessoa calma e pacífica, sem registros criminais anteriores aos fatos, e que nutria pela vítima sentimentos de respeito e admiração por se tratar do irmão mais velho”, afirma o delegado.
Motivação
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O crime aconteceu no dia 11 de julho deste ano, dois dias antes do aniversário de Tiago. A investigação concluiu que a discussão entre os irmãos se deu por questões financeiras de uma pizzaria que tinham em conjunto, além de outros assuntos pessoais.
O delegado também afirmou que os dois agiram sob efeito de álcool, já que a festa começou ao meio dia e se estendeu até a madrugada. Mas, o que verdadeiramente motivou o crime foi Alexandre ter sido espancado pelo irmão.
Uma câmera de segurança registrou toda a situação, mostrando que crianças e adultos tentaram intervir na briga, mas não conseguiram.
Tiago foi baleado na mão e na região do abdômen. O delegado informou, com base no laudo cadavérico, que a causa da morte do soldado foi um choque hemorrágico causado pelos tiros.
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