Roberto Riberti, voz da roda de Sampa, reúne bambas já falecidos no primeiro álbum em 38 anos, ‘Estrela é o samba’


Aos 72 anos, cantor e compositor volta ao disco em agosto com repertório autoral gravado com adesões de Dona Inah, Elton Medeiros e Germano Mathias. Roberto Riberti lança em 2 de agosto o álbum ‘Estrela é o samba’, gravado entre 2012 e 2023
Gal Oppido / Divulgação
♪ Pensou que Roberto Riberti não vinha mais, pensou? De volta ao samba e ao disco, o cantor e compositor paulistano lança em 2 de agosto o primeiro álbum em 38 anos.
O álbum se chama Estrela é o samba e traz no repertório 11 músicas gravadas entre 2012 e 2023 com participações de bambas conterrâneos como Dona Inah (1935 – 2022) e Germano Mathias (1934 – 2023), além de Elton Medeiros (1930 – 2019) e do grupo MPB4.
Cria do Brás, bairro da cidade de São Paulo (SP) onde nasceu em 10 de outubro de 1951, Riberti gravou quatro álbuns – Roberto Riberti (1977), Cenas (1979), Riberti (1982) e Tateando a cidade (1986) – antes de se afastar do mercado fonográfico, mas não do ofício de compositor.
Associado ao samba de São Paulo e parceiro letrista de Eduardo Gudin em Velho ateu (1978), standard das rodas de Sampa, Roberto Riberti tem atualmente 72 anos.
No álbum Estrela é o samba, gravado com produção musical orquestrada pelo próprio Riberti com o engenheiro de som Janja Gomes, o cantor dá voz a inéditas músicas autorais como A força do bem, Delicadeza (gravada com a adesão de Dona Inah), Quando o amor invade, Samba pretexto e Santo de casa.
O repertório do álbum Estrela é o samba inclui três sambas com melodias de Elton Medeiros e letras de Roberto Riberti. Estrela, música também assinada por Eduardo Gudin, se acendeu pela primeira vez em 1989, em disco de Gudin com Vânia Bastos, mas nunca tinha sido iluminada na voz de Riberti.
No álbum, Estrela reaparece com as vozes de Riberti e Elton Medeiros, que também participa de Pobre amor, outra parceria dos dois (a terceira parceria, Imensidade, é cantada somente por Riberti).
Parceria de Roberto Riberti com Paulo Vanzolini 1924 – 2023), Todo mundo me diz traz as vozes do grupo MPB4, ouvidas com o arranjo criado nos anos 1970 por Magro (1943 – 2012), integrante da formação clássica do quarteto fluminense.
No álbum Estrela é o samba, Roberto Riberti reaviva Euforia (Nelson Cavaquinho, Eduardo Gudin e Roberto Riberti, 2006) em gravação que reúne no coro as vozes do Kolombolo Diá Piratininga e do grupo Velha Guarda das Escolas de Samba de São Paulo.
Composição que abre o disco, tendo sido feita no início dos anos 2010, Túmulo do samba traz a voz de Germano Mathias, ícone do samba paulistano falecido no ano passado. O título alude à controvertida sentença de Vinicius de Moraes (1913 – 1980) de que São Paulo seria o túmulo do samba – veredito desmentido por bambas paulistanos, como Roberto Riberti, e de todos os estados do Brasil.
Roberto Riberti alinha 11 composições autorais no álbum ‘Estrela é o samba’
Gal Oppido / Divulgação
Adicionar aos favoritos o Link permanente.