Em mais de 3 anos na Casa Branca, Biden colecionou vitórias políticas importantes; relembre


Depois de derrotar Donald Trump nas urnas, Biden superou o maior atentado contra a democracia americana, quando seguidores de Trump invadiram o Capitólio. Em mais de 3 anos na Casa Branca, Biden colecionou vitórias políticas importantes; relembre
Reprodução/TV Globo
Joe Biden ainda tem quase seis meses de mandato. Mas integrantes do Partido Republicano estão pressionando para que ele renuncie. Eles afirmam que se Biden não está apto a concorrer à reeleição, também não está para continuar no cargo.
A Casa Branca já avisou que ele segue até o fim. Desde o domingo (21), a maior parte das manifestações sobre Biden tem enaltecido a decisão dele de desistir da campanha – e destacado conquistas do governo dele. Depois de derrotar Donald Trump nas urnas, Biden superou o maior atentado contra a democracia americana, quando seguidores de Trump invadiram o Capitólio.
Logo no primeiro dia no cargo, em 2021, Joe Biden viu que as coisas tinham mudado bastante desde que ele deixou a vice-presidência, quatro anos antes. Em plena pandemia, a multidão que acompanharia o primeiro discurso dele como presidente foi substituída por 200 mil bandeiras do país. Elas representaram os quase 500 mil de americanos mortos pela Covid até aquele dia. A cena ilustrou os desafios que moldaram o seu mandato.
A vacinação contra o coronavírus começava e os impactos da pandemia na economia mundial cresciam. Com um pacote na casa dos quase US$ 2 trilhões, ele ajudou os americanos em um país paralisado pela Covid.
Em menos de um ano, Biden diminuiu a taxa de desemprego de 6,4% para 3,9%. Se o dinheiro evitou a recessão, acabou turbinando a alta dos preços. Mesmo com a inflação desacelerando, os americanos ainda sentem o aumento do custo de vida, o que se refletiu na aprovação de Biden.
Com uma rara habilidade para costurar acordos, ele conseguiu, ainda no primeiro ano de governo, aprovar um pacote de infraestrutura de R$ 1,2 trilhão. O texto contou com o apoio de republicanos e democratas. Ao longo de cinco anos, o dinheiro irá para estradas, pontes e transporte, além de garantir uma melhora na internet e na rede elétrica.
No ano seguinte, a aprovação de dois outros importantes projetos para a economia americana. Um tem como alvo diminuir a dependência da economia chinesa na cadeia de produção e na fabricação de semicondutores. O outro busca colocar os Estados Unidos em uma posição de liderança na transição energética.
Com o fim da pandemia, Biden reverteu decisões polêmicas adotadas pelo antecessor Donald Trump. Voltou a permitir que imigrantes dessem entrada em pedidos de asilo na fronteira americana com o México. Resultou em um número recorde de pessoas tentando entrar no país – um dos pontos fracos da então campanha à reeleição.
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Críticas também vieram ao concluir a retirada caótica das tropas americanas do Afeganistão depois de 20 anos de ocupação. A ação resultou na volta do Talibã ao poder.
O mandato também foi marcado pela eclosão de duas guerras: na Ucrânia e na Faixa de Gaza. Na primeira, manteve o apoio incondicional ao governo de Volodymyr Zelensky. Na segunda, fez o mesmo logo de saída com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Com o aumento da pressão interna, acabou atuando em busca de uma maior contenção da estratégia militar israelense em Gaza.
Joe Biden será um presidente de apenas um mandato, mas ele vai entrar para a história como um dos políticos que frequentaram por mais tempo o Salão Oval – o gabinete mais importante da Casa Branca. A primeira vez que Biden passou por pelas portas foi há mais de 50 anos.
Em janeiro, deixa a vida pública com um legado que será sentido em sua dimensão completa em alguns anos. Como definiram os mais variados analistas e figuras políticas do país, Joe Biden será tratado de uma maneira muito generosa pela história.
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