Lula e Haddad se reúnem com agências de risco em Nova York; ministro diz esperar novas altas na nota de crédito do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniram nesta segunda-feira (23) em Nova York com representantes das agências de classificação de risco Moody’s e Standard & Poor’s (S&P).
Ao fim da reunião, Haddad classificou o encontro como “produtivo” e disse que, segundo as projeções do governo, a nota de crédito do Brasil deve voltar a melhorar nos próximos anos.
💵 Uma das funções dessas agências é analisar os riscos de se investir em cada país – e dizer quais economias ao redor do mundo têm o chamado “grau de investimento”, ou seja, são apostas mais seguras para os investidores e têm baixo risco de calote.
💵 O Brasil já teve “grau de investimento” no início dos anos 2010, mas perdeu esse selo após a crise e a recessão econômica a partir de 2015. O governo tenta, agora, recuperar esse posto.
A reunião, segundo Haddad, aconteceu a pedido de Lula.
Lula pediu ‘cronograma’ a Haddad
Segundo o ministro, o próprio presidente Lula já tinha questionado a área econômica sobre o “cronograma” e as “perspectivas” para que agências de classificação como Moody’s, Fitch e S&P voltassem a considerar o Brasil um lugar seguro para investir.
“Eu disse [a Lula] que nós aguardávamos uma nova rodada de aumento na nota para o ano que vem. Devemos ter um aumento da nota no ano que vem, na nossa opinião evidentemente. Os prognósticos são muito bons”, afirmou Haddad.
“Isso nos deixaria, não sei se em todas mas em pelo menos uma, a um passo do grau de investimento. Quando assumimos o governo, estávamos três degraus abaixo. Ano que vem, possivelmente em uma ou duas agências, estaremos a um degrau.”
Haddad disse a Lula, também, que não era possível saber a essa altura se o governo chegaria ao fim do atual mandato, em dezembro de 2026, já com o grau de investimento restabelecido.
“E aí, ele quis conversar um pouco com as agências de risco para entender a opinião que eles estão tendo das políticas implementadas no Brasil. O esforço que estamos fazendo, após 10 anos de rebaixamento [da nota], em que as contas públicas ficaram muito desorganizadas”, explicou o ministro.
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