Maria Katharina: o que se sabe sobre o caso de criança encontrada morta em estábulo em Palmeira dos Índios, AL

Maria Katharina Simões da Costa, de 10 anos, morreu por enforcamento, segundo o laudo do exame de necropsia. Polícia ouve mais testemunha sobre morte de menina de 10 anos em Palmeira dos Índios
O Instituto Médico Legal (IML) de Arapiraca divulgou neste sábado (20) detalhes do exame cadavérico realizado no corpo de Maria Katharina, de 10 anos, encontrada morta no dia 8 de julho, no estábulo que fica na propriedade da família em Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas.
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O laudo do exame cadavérico, entregue à polícia no dia 17 de julho, apontou que a causa da morte foi asfixia por enforcamento.
Confira o que se sabe sobre o caso:
Quem achou a vítima?
Como o caso é investigado?
O local tinha sinais de arrombamento ou invasão?
O que exame cadavérico revelou?
Como era a relação dos pais da menina?
Como a criança era na escola?
A polícia vai pedir mais exames?
Quem achou a vítima?
A mãe encontrou Maria Katharina Simões da Costa enforcada no estábulo. A menina foi socorrida, mas já estava sem vida.
Segundo depoimentos, Maria Katharina e o irmão mais novo brincavam na propriedade quando o menino se machucou. O pai então socorreu o menino de moto e deixou Katharina sozinha em casa.
Na unidade de saúde, o pai ligou para parentes para avisar sobre o acidente. Ao saber que a menina tinha ficado sozinha, a mãe foi até a propriedade e gritou para que a filha abrisse o portão principal da fazenda, mas ninguém respondeu.
A mulher então deu a volta na propriedade, pulou o muro e encontrou a filha enforcada no estábulo.
Como o caso é investigado?
A primeira linha de investigação da polícia é de suicídio. A polícia já ouviu a mãe, tias e a coordenadora da escola em que a menina estudava.
“Ouvimos a coordenadora da escola onde ela estudava, já ouvimos tias e a mãe da criança. Na próxima semana mais algum familiar e vizinhos também deverão ser ouvidos, além do pai da criança”, disse o chefe de operação Diogo Martins.
O local tinha sinais de arrombamento ou invasão?
Segundo a polícia, não havia sinais de arrombamento ou invasão na propriedade em que o corpo da menina foi encontrado.
O que exame cadavérico revelou?
Segundo o perito médico legista Francisco Milton, responsável pelo exame cadavérico, não foram identificadas no corpo da criança, lesões de defesa ou sinais de tortura.
Ele reforçou também que não foram observadas fraturas no osso hioide, comum em casos de asfixias por constrição do pescoço, lesão provocada por estrangulamento.
“Com relação à necropsia em si, não encontramos nenhuma lesão de defesa, nem sinais de tortura. Encontramos aqueles sinais típicos de enforcamento, como o sulco no pescoço, e a infiltração sanguínea na musculatura”, afirmou Francisco Milton.
O perito médico legista ainda destacou que foram coletadas amostras de sangue, conteúdo gástrico e fígado da menina. Esse material ficará guardado, para caso haja a solicitação de exames complementares de toxicologia forense.
Como era a relação dos pais da menina?
Segundo depoimentos, os pais de Maria Katharina estavam em processo de separação.
Após prestar depoimento na delegacia, a mãe da menina deu entrada a um pedido de medida protetiva de urgência contra o pai da criança. O pedido foi protocolado no Juizado de Palmeira dos Índios e aguarda análise da Justiça. Ainda segundo a PC, o pedido é referente a ameaça e tem como base a Lei Maria da Penha.
Como a criança era na escola?
Antes de ser encontrada morta, Maria Katharina foi à escola. Segundo a diretora Quitéria Maria, a menina sempre se mostrou feliz, participativa e carinhosa.
A polícia vai pedir mais exames?
A polícia quer saber como a criança conseguiu amarrar a corda no teto do estábulo, para isso será feita uma reprodução simulada do caso.
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